segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

07. Q) Povos de Israel. Maravilhas de Jesus (parte II)

(Continuação) Da mesma forma que apresentado nos tópicos das Pregações de Jesus, aqui seguiremos a sequencia do Evangelho de Mateus, acrescentando as passagens similares nos outros evangelhos. Tentando seguir a cronologia, vou inserindo passagens de outros evangelhos que não foram redigidas por Mateus.




JESUS E BEELZEBUL

Mateus 12:22-32
Marcos 3:20-30
Lucas 11:14-23; 12










Trouxeram-lhe, então, um endemoninhado cego e mudo; e, de tal modo o curou, que o cego e mudo falava e via[1].
E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?
Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.






Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda a cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.
E, se Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?








E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes.





Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.
Ou, como pode alguém entrar na casa do homem valente, e furtar os seus bens, se primeiro não maniatar o valente, saqueando então a sua casa?




Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.[2]
Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.
E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro.
E foram para uma casa. E afluiu outra vez a multidão, de tal maneira que nem sequer podiam comer pão.
E, quando os seus ouviram isto, saíram para o prender; porque diziam: Está fora de si.









E os escribas, que tinham descido de Jerusalém, diziam: Tem Belzebu, e pelo príncipe dos demônios expulsa os demônios.



E, chamando-os a si, disse-lhes por parábolas:










Como pode Satanás expulsar Satanás?
E, se um reino se dividir contra si mesmo, tal reino não pode subsistir;
E, se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa não pode subsistir.









E, se Satanás se levantar contra si mesmo, e for dividido, não pode subsistir; antes tem fim.





Ninguém pode roubar os bens do valente, entrando-lhe em sua casa, se primeiro não maniatar o valente; e então roubará a sua casa.








Na verdade vos digo que todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, e toda a sorte de blasfêmias, com que blasfemarem;
Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo



(Porque diziam: Tem espírito imundo).










E estava ele expulsando um demônio, o qual era mudo. E aconteceu que, saindo o demônio, o mudo falou; e maravilhou-se a multidão.


Mas alguns deles diziam: Ele expulsa os demônios por Belzebu, príncipe dos demônios.


E outros, tentando-o, pediam-lhe um sinal do céu.



Mas, conhecendo ele os seus pensamentos, disse-lhes: Todo o reino, dividido contra si mesmo, será assolado; e a casa, dividida contra si mesma, cairá.


E, se também Satanás está dividido contra si mesmo, como subsistirá o seu reino?






Pois dizeis que eu expulso os demônios por Belzebu.
E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Eles, pois, serão os vossos juízes.





Mas, se eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o reino de Deus.
Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo quanto tem;
Mas, sobrevindo outro mais valente do que ele, e vencendo-o, tira-lhe toda a sua armadura em que confiava, e reparte os seus despojos.
Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha.



“Pecar contra o Espírito Santo significa pecar com conhecimento de causa e, por conseguinte, pecar não por cegueira ou por inexperiência, mas por maldade. O Espírito Santo constitui a coletividade de espíritos esclarecidos e bons, que lutam por melhorar as condições espirituais da terra. Todos aqueles que recebem uma parcela de conhecimentos espirituais, e, contudo, persistem na prática do mal, pecam contra o Espírito Santo. Estas faltas são tanto mais difíceis de reparar, porque foram cometidas por livre vontade, menosprezando a alma suas aquisições divinas. Pecam contra o Espírito Santo os ministros e pregadores e sacerdotes de religiões, quando deixam de praticar o que ensinam, apesar do conhecimento espiritual que possuem. Dizendo Jesus que o pecado contra o Espírito Santo não será perdoado nem neste mundo nem no outro, não quer ele dizer que a condenação será eterna. Não há condenações eternas. O que ele quer dizer-nos é que os pecados cometidos com conhecimento de causa não apresentam desculpas que os atenuem. Assim sendo, o pecador terá de arcar com a responsabilidade integral do erro cometido, o que lhe acarretará uma reparação difícil e trabalhosa.”
Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos humildes

PRIMEIRA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

Mateus 14:13-21
Marcos 6:30-44
Lucas 9:10-17
João 6:1-15
E Jesus, ouvindo isto,







retirou-se dali num barco, para um lugar deserto, apartado; e, sabendo-o o povo, seguiu-o a pé desde as cidades.

















E, Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos.







E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada;


despede a multidão, para que vão pelas aldeias, e comprem comida para si.




Jesus, porém, lhes disse: Não é mister que vão; dai-lhes vós de comer.



















Então eles lhe disseram: Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes.








E ele disse: Trazei-mos aqui.
E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva,








tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão.




E comeram todos, e saciaram-se; e levantaram dos pedaços, que sobejaram, doze alcofas cheias.
E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças[3].
E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado.
E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer.
E foram sós num barco para um lugar deserto.
E a multidão viu-os partir, e muitos o conheceram; e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-se dele.
E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.





E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele, e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já muito adiantado.
Despede-os, para que vão aos lugares e aldeias circunvizinhas, e comprem pão para si; porque não têm que comer.



Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer.







E eles disseram-lhe: Iremos nós, e compraremos duzentos dinheiros de pão para lhes darmos de comer?
E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles,
disseram: Cinco pães e dois peixes.
E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em ranchos, sobre a erva verde.
E assentaram-se repartidos de cem em cem, e de cinqüenta em cinqüenta.
E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles.




E repartiu os dois peixes por todos.
E todos comeram, e ficaram fartos;
E levantaram doze alcofas cheias de pedaços de pão e de peixe.
E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens.
E, regressando os apóstolos, contaram-lhe tudo o que tinham feito.




E, tomando-os consigo, retirou-se para um lugar deserto de uma cidade chamada Betsaida.




















E, sabendo-o a multidão, o seguiu; e ele os recebeu, e falava-lhes do reino de Deus, e sarava os que necessitavam de cura.







E já o dia começava a declinar; então, chegando-se a ele os doze, disseram-lhe:





Despede a multidão, para que, indo aos lugares e aldeias em redor, se agasalhem, e achem o que comer; porque aqui estamos em lugar deserto.
Mas ele lhes disse: Dai-lhes vós de comer.





















E eles disseram: Não temos senão cinco pães e dois peixes, salvo se nós próprios formos comprar comida para todo este povo.





Porquanto estavam ali quase cinco mil homens.
Disse, então, aos seus discípulos: Fazei-os assentar,
 em ranchos de cinqüenta em cinqüenta.
E assim o fizeram, fazendo-os assentar a todos.
E, tomando os cinco pães e os dois peixes, e olhando para o céu, abençoou-os, e partiu-os, e deu-os aos seus discípulos para os porem diante da multidão.





E comeram todos, e saciaram-se;








e levantaram, do que lhes sobejou, doze alcofas de pedaços.











Depois disto partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia, que é o de Tiberíades.




















E grande multidão o seguia, porque via os sinais que operava sobre os enfermos.





E Jesus subiu ao monte, e assentou-se ali com os seus discípulos.
E a páscoa, a festa dos judeus, estava próxima.








Então Jesus, levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão vinha ter com ele,




disse a Filipe: Onde compraremos pão, para estes comerem?
Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que havia de fazer.
Filipe respondeu-lhe: Duzentos dinheiros de pão não lhes bastarão, para que cada um deles tome um pouco.
E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos?






E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil.






E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam.



E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos:
Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.



Recolheram-nos, pois, e encheram doze alcofas de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo.
Sabendo, pois, Jesus que haviam de vir arrebatá-lo, para o fazerem rei, tornou a retirar-se, ele só, para o monte.

JESUS CAMINHA SOBRE AS ÁGUAS

Mateus 14:22-33
Marcos 6:45-52
João 6:16-21
E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão.

E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte[4].
E, chegada já a tarde, estava ali só.


E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário;
Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andan-do por cima do mar.

E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo.
Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.


E respondeu-lhe Pedro, e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas.
E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus.
Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me!
E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o[5], e disse-lhe: Homem de pouca fé, por que duvidaste?
E, quando subiram para o barco, acalmou o vento.
Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus.
E logo obrigou os seus discípulos a subir para o barco, e passar adiante, para o outro lado, a Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
E, tendo-os despedido, foi ao monte a orar.


E, sobrevindo a tarde, estava o barco no meio do mar e ele, sozinho, em terra.
E vendo que se fatigavam a remar, porque o vento lhes era contrário,
perto da quarta vigília da noite aproximou-se deles, andando sobre o mar, e queria passar-lhes adiante.
Mas, quando eles o viram andar sobre o mar, cuidaram que era um fantasma, e deram grandes gritos.

Porque todos o viam, e perturbaram-se; mas logo falou com eles, e disse-lhes: Tende bom ânimo; sou eu, não temais.





















E subiu para o barco, para estar com eles, e o vento se aquietou; e entre si ficaram muito assombrados e maravilhados;
Pois não tinham compreendido o milagre dos pães; antes o seu coração estava endurecido.
E, quando veio a tarde, os seus discípulos desceram para o mar.








E, entrando no barco, atravessaram o mar em direção a Cafarnaum; e era já escuro, e ainda Jesus não tinha chegado ao pé deles.
E o mar se levantou, porque um grande vento assoprava.
E, tendo navegado uns vinte e cinco ou trinta estádios[6],

viram a Jesus, andando sobre o mar e aproximando-se do barco; e temeram.


Mas ele lhes disse: Sou eu, não temais.
Então eles de boa mente o receberam no barco; e logo o barco chegou à terra para onde iam.



CURAS EM GENESARÉ

Mateus 14:34-36
Marcos 6:53-56
E, tendo passado para o outro lado, chegaram à terra de Genesaré.

E, quando os homens daquele lugar o conheceram, mandaram por todas aquelas terras em redor e trouxeram-lhe todos os que estavam enfermos.






E rogavam-lhe que ao menos eles pudessem tocar a orla da sua roupa; e todos os que a tocavam ficavam sãos[7].
E, quando já estavam no outro lado, dirigiram-se à terra de Genesaré, e ali atracaram.
E, saindo eles do barco, logo o conheceram;
E, correndo toda a terra em redor, começaram a trazer em leitos, aonde quer que sabiam que ele estava, os que se achavam enfermos.
E, onde quer que entrava, ou em cidade, ou aldeias, ou no campo, apresentavam os enfermos nas praças,
e rogavam-lhe que os deixasse tocar ao menos na orla da sua roupa; e todos os que lhe tocavam saravam.

CURA DA FILHA DE UMA CANANÉIA

Mateus 15:21-28
Marcos 7:24-30
E, partindo Jesus dali, foi para as partes de Tiro e de Sidom.






E eis que uma mulher cananéia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.
Mas ele não lhe respondeu palavra. E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós.
E ele, respondendo, disse: Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.
Então chegou ela, e adorou-o, dizendo: Senhor, socorre-me!
Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar no pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos[8].

E ela disse: Sim, Senhor, mas também os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus senhores.
Então respondeu Jesus, e disse-lhe: Ó mulher, grande é a tua fé! Seja isso feito para contigo como tu desejas.
E desde aquela hora a sua filha ficou sã[9].
E, levantando-se dali, foi para os termos de Tiro e de Sidom.
E, entrando numa casa, não queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se;
Porque uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi e lançou-se aos seus pés.
E esta mulher era grega, siro-fenícia[10] de nação, e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.













Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.
Ela, porém, respondeu, e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos.
Então ele disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha.

E, indo ela para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, e que o demônio já tinha saído.

CURAS JUNTO AO LAGO

“Partindo Jesus dali, chegou ao pé do mar da Galiléia, e, subindo a um monte, assentou-se lá.
E veio ter com ele grandes multidões, que traziam coxos, cegos, mudos, aleijados, e outros muitos, e os puseram aos pés de Jesus, e ele os sarou,
De tal sorte, que a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel.”
Mateus 15:29-31

“E ele, tornando a sair dos termos de Tiro e de Sidom, foi até ao mar da Galiléia, pelos confins de Decápolis.
E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele.
E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua.
E, levantando os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te.
E logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente.
E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam.
E, admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos.”
Marcos 7:31-37

SEGUNDA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES

Mateus 15:32-39
Marcos 8:1-10
E Jesus, chamando os seus discípulos, disse:


Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.


E os seus discípulos disseram-lhe: De onde nos viriam, num deserto, tantos pães, para saciar tal multidão?
E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete, e uns poucos de peixinhos.
Então mandou à multidão que se assentasse no chão,
E, tomando os sete pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão.




E todos comeram e se saciaram; e levantaram, do que sobejou, sete cestos cheios de pedaços.
Ora, os que tinham comido eram quatro mil homens, além de mulheres e crianças.
E, tendo despedido a multidão, entrou no barco, e dirigiu-se ao território de Magadã.
Naqueles dias, havendo uma grande multidão, e não tendo o que comer, Jesus chamou a si os seus discípulos, e disse-lhes:
Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo, e não têm o que comer.
E, se os deixar ir em jejum, para suas casas, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe.
E os seus discípulos responderam-lhe: De onde poderá alguém satisfazê-los de pão aqui no deserto?
E perguntou-lhes: Quantos pães tendes? E disseram-lhe: Sete.

E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando os sete pães, e tendo dado graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem diante deles, e puseram-nos diante da multidão.
Tinham também alguns peixinhos; e, tendo dado graças, ordenou que também lhos pusessem diante.
E comeram, e saciaram-se; e dos pedaços que sobejaram levantaram sete cestos.
E os que comeram eram quase quatro mil; e despediu-os.

E, entrando logo no barco, com os seus discípulos, foi para as partes de Dalmanuta.


Fonte: Caminhos de Jesus – Mapas da Vida de Jesus (youtube)


Fonte: http://xacute.comunidades.net/http-imagescomunidadesnet-xac-xacute-06-mapa-evang

A CURA DO CEGO DE NASCENÇA

“E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.
Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.
Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
Tendo dito isto, cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego.
E disse-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que significa o Enviado). Foi, pois, e lavou-se, e voltou vendo.
Então os vizinhos, e aqueles que dantes tinham visto que era cego, diziam: Não é este aquele que estava assentado e mendigava?
Uns diziam: É este. E outros: Parece-se com ele. Ele dizia: Sou eu.
Diziam-lhe, pois: Como se te abriram os olhos?
Ele respondeu, e disse: O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé[11], e lava-te. Então fui, e lavei-me, e vi.
Disseram-lhe, pois: Onde está ele? Respondeu: Não sei.
Levaram, pois, aos fariseus o que dantes era cego.
E era sábado quando Jesus fez o lodo e lhe abriu os olhos.
Tornaram, pois, também os fariseus a perguntar-lhe como vira, e ele lhes disse: Pôs-me lodo sobre os olhos, lavei-me, e vejo.
Então alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado. Diziam outros: Como pode um homem pecador fazer tais sinais? E havia dissensão entre eles.
Tornaram, pois, a dizer ao cego: Tu, que dizes daquele que te abriu os olhos? E ele respondeu: Que é profeta.
Os judeus, porém, não creram que ele tivesse sido cego, e que agora visse, enquanto não chamaram os pais do que agora via.
E perguntaram-lhes, dizendo: É este o vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora?
Seus pais lhes responderam, e disseram: Sabemos que este é o nosso filho, e que nasceu cego;
Mas como agora vê, não sabemos; ou quem lhe tenha aberto os olhos, não sabemos. Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo; e ele falará por si mesmo.
Seus pais disseram isto, porque temiam os judeus. Porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser ele o Cristo, fosse expulso da sinagoga.
Por isso é que seus pais disseram: Tem idade, perguntai-lho a ele mesmo.
Chamaram, pois, pela segunda vez o homem que tinha sido cego, e disseram-lhe: Dá glória a Deus[12]; nós sabemos que esse homem é pecador.
Respondeu ele pois, e disse: Se é pecador, não sei; uma coisa sei, é que, havendo eu sido cego, agora vejo.
E tornaram a dizer-lhe: Que te fez ele? Como te abriu os olhos?
Respondeu-lhes: Já vo-lo disse, e não ouvistes; para que o quereis tornar a ouvir? Quereis vós porventura fazer-vos também seus discípulos?
Então o injuriaram, e disseram: Discípulo dele sejas tu; nós, porém, somos discípulos de Moisés.
Nós bem sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos de onde é.
O homem respondeu, e disse-lhes: Nisto, pois, está a maravilha, que vós não saibais de onde ele é, e contudo me abrisse os olhos.
Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve.
Desde o princípio do mundo nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença.
Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer.
Responderam eles, e disseram-lhe: Tu és nascido todo em pecados, e nos ensinas a nós? E expulsaram-no.
Jesus ouviu que o tinham expulsado e, encontrando-o, disse-lhe: Crês tu no Filho de Deus?
Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia?
E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo.
Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou.
E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem sejam cegos.
E aqueles dos fariseus, que estavam com ele, ouvindo isto, disseram-lhe: Também nós somos cegos?
Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos; por isso o vosso pecado permanece.”
João 9:1-41
CURA DE UM CEGO EM BETSAIDA

“E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse.
E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa.
E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam.
Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente.
E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia.”
Marcos 8:22-26


Fonte: Caminhos de Jesus – Mapas da Vida de Jesus (youtube)

CURA DO ENDAIMONIADO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM

Marcos 1:21-28
Lucas 4:31-37
Entraram em Cafarnaum e, logo no sábado, indo ele à sinagoga, ali ensinava.
E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.
E estava na sinagoga deles um homem com um espírito imundo, o qual exclamou,
Dizendo: Ah! que temos contigo, Jesus Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus.
E repreendeu-o Jesus, dizendo: Cala-te, e sai dele.
Então o espírito imundo, convulsionando-o, e clamando com grande voz, saiu dele.
E todos se admiraram, a ponto de perguntarem entre si, dizendo: Que é isto? Que nova doutrina é esta? Pois com autoridade ordena aos espíritos imundos, e eles lhe obedecem!
E logo correu a sua fama por toda a província da Galiléia.
E desceu a Cafarnaum, cidade da Galiléia, e os ensinava nos sábados.

E admiravam a sua doutrina porque a sua palavra era com autoridade.

E estava na sinagoga um homem que tinha o espírito de um demônio imundo, e exclamou em alta voz,
Dizendo: Ah! que temos nós contigo, Jesus Nazareno? Vieste a destruir-nos? Bem sei quem és: O Santo de Deus.
E Jesus o repreendeu, dizendo: Cala-te, e sai dele. E o demônio, lançando-o por terra no meio do povo, saiu dele sem lhe fazer mal.

E veio espanto sobre todos, e falavam uns com os outros, dizendo: Que palavra é esta, que até aos espíritos imundos manda com autoridade e poder, e eles saem?

E a sua fama divulgava-se por todos os lugares, em redor daquela comarca.

O ENDAIMONIADO EPILÉTICO

Mateus 17:14-21
Marcos 9:14-29
Lucas 9:37-42






E, quando chegaram à multidão,





aproximou-se-lhe um homem, pondo-se de joelhos diante dele, e dizendo:
Senhor, tem misericórdia de meu filho, que é lunático[13] e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo, e muitas vezes na água;

E trouxe-o aos teus discípulos; e não puderam curá-lo.[14]
E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! até quando estarei eu convosco, e até quando vos sofrerei? Trazei-mo aqui.



























E, repreendeu Jesus o demônio, que saiu dele, e desde aquela hora o menino sarou.













Então os discípulos, aproximando-se de Jesus em particular, disseram: Por que não pudemos nós expulsá-lo?

E Jesus lhes disse: Por causa de vossa incredulidade; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.[15]
Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum[16].
E, quando se aproximou dos discípulos, viu ao redor deles grande multidão, e alguns escribas que disputavam com eles.
E logo toda a multidão, vendo-o, ficou espantada e, correndo para ele, o saudaram.
E perguntou aos escribas: Que é que discutis com eles?
E um da multidão, respondendo, disse: Mestre, trouxe-te o meu filho, que tem um espírito mudo;
E este, onde quer que o apanhe, despedaça-o, e ele espuma, e range os dentes, e vai definhando;


e eu disse aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam.
E ele, respondendo-lhes, disse: Ó geração incrédula! até quando estarei convosco? até quando vos sofrerei ainda? Trazei-mo.

E trouxeram-lho; e quando ele o viu, logo o espírito o agitou com violência, e, caindo o endemoninhado por terra, revolvia-se, escumando.
E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância.
E muitas vezes o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos.
E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.
E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade.
E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele.
E ele, clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam que estava morto.
Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou.
E, quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram à parte: Por que o não pudemos nós expulsar?













E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a não ser com oração e jejum.
E aconteceu, no dia seguinte, que, descendo eles do monte, lhes saiu ao encontro uma grande multidão;







E eis que um homem da multidão clamou, dizendo: Mestre, peço-te que olhes para meu filho, porque é o único que eu tenho.
Eis que um espírito o toma e de repente clama, e o despedaça até espumar; e só o larga depois de o ter quebrantado.
E roguei aos teus discípulos que o expulsassem, e não puderam.
E Jesus, respondendo, disse: Ó geração incrédula e perversa! até quando estarei ainda convosco e vos sofrerei? Traze-me aqui o teu filho.
E, quando vinha chegando, o demônio o derrubou e convulsionou;























porém, Jesus repreendeu o espírito imundo, e curou o menino, e o entregou a seu pai.



JESUS CURA DEZ LEPROSOS

“E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e da Galiléia;
E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez homens leprosos, os quais pararam de longe;
E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós.
E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes. E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.
E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz;
E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano.
E, respondendo Jesus, disse: Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?
Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?
E disse-lhe: Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou.”
Lucas 17:11-19
OS CEGOS DE JERICÓ

Mateus 20:29-34
Marcos 10:46-52
Lucas 18:35-43
E, saindo eles de Jericó, seguiu-o grande multidão.


E eis que
dois cegos, assentados junto do caminho,

ouvindo que Jesus passava,




clamaram, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!
E a multidão os repreendia, para que se calassem;
eles, porém, cada vez clamavam mais, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de nós!









E Jesus, parando, chamou-os, e disse: Que quereis que vos faça?
Disseram-lhe eles: Senhor, que os nossos olhos sejam abertos.
Então Jesus, movido de íntima compaixão, tocou-lhes nos olhos,
e logo seus olhos viram; e eles o seguiram[17].
E depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto do caminho, mendigando.
E, ouvindo que era Jesus de Nazaré,




começou a clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim.
E muitos o repreendiam, para que se calasse;
mas ele clamava cada vez mais: Filho de Davi! tem misericórdia de mim.

E Jesus, parando, disse que o chamassem; e chamaram o cego, dizendo-lhe: Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama.
E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se, e foi ter com Jesus.
E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça?

E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista.
E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou.

E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho.
E aconteceu que chegando ele perto de Jericó, estava um cego assentado junto do caminho, mendigando.




E, ouvindo passar a multidão, perguntou que era aquilo.
E disseram-lhe que Jesus Nazareno passava.
Então clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim.
E os que iam passando repreendiam-no para que se calasse;
mas ele clamava ainda mais: Filho de Davi, tem misericórdia de mim!

Então Jesus, parando, mandou que lho trouxessem; e, chegando ele, perguntou-lhe,




Dizendo: Que queres que te faça?

E ele disse: Senhor, que eu veja.


E Jesus lhe disse: Vê; a tua fé te salvou.

E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.


JESUS E ZAQUEU

“E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando.
E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico.
E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da multidão, pois era de pequena estatura.
E, correndo adiante, subiu a uma figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali.
E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa.
E, apressando-se, desceu, e recebeu-o alegremente.
E, vendo todos isto, murmuravam, dizendo que entrara para ser hóspede de um homem pecador.
E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.
E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão.
Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.”
Lucas 19:1-10


Fonte: Caminhos de Jesus – Mapas da Vida de Jesus (youtube)

Atualizado em 06/09/2019

Bibliografia:
http://jesusvoltara.com.br/dicionariobiblico/gergesenos.htm. Pesquisa feita em Dezembro/2018.
http://xacute.comunidades.net/http-imagescomunidadesnet-xac-xacute-06-mapa-evang. Pesquisa feita em Dezembro/2018.
Rigonatti, Eliseu. O evangelho dos humildes. Disponível em http://bvespirita.com/Livros2-O.html. Pesquisa feita em Janeiro/2019.



[1] “Deparamos aqui com um caso de obsessão. A obsessão é o ato pelo qual um espírito desencarnado persegue uma pessoa. A obsessão pode apresentarse sob diversas formas: com as características da loucura ou sob o aspecto de moléstias que nada consegue curar. No caso aqui narrado, o espírito obsessor atuava fluidicamente sobre os órgãos da fala e da vista do obsidiado, causando-lhe a cegueira e a mudez. O remédio para a cura da obsessão é conseguir-se que o espírito obsessor se afaste de sua vítima, conforme Jesus o fez. Uma vez livre de seu perseguidor invisível, a pessoa fica curada.” – Eliseu Rigonatti, o Evangelho dos humildes
[2] “Entre o mal e o bem não há meio-termo: ou somos bons ou somos maus. A indiferença é indício de inferioridade moral. Se não lutarmos por melhorar nosso caráter, segundo os ensinamentos do Mestre, estamos desperdiçando o tempo, que nos foi concedido na terra para cuidarmos de nosso progresso espiritual.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos humildes
[3] “Materialmente falando, o fato pertence ao gênero dos fenômenos de efeitos físicos. E nas sessões espíritas de efeitos físicos, já se tem observado a formação de objetos pelos espíritos com o auxílio dos médiuns. Jesus, médium de Deus, ajudado pela mediunidade de seus doze discípulos e assistido pelos espíritos que o secundavam nos trabalhos evangélicos, faz com que se materialize em suas mãos os bocados de pão para o povo”. (Eliseu Rigonatti)
[4] “É significativo o fato de Jesus não procurar os templos, nem os lugares consagrados para orar. Quis, assim, ensinar-nos que as oraçôes a Deus podem ser feitas em qualquer parte, porque a presença de Deus abrange o Universo e de onde estivermos, ele nos ouvirá e nos dará segundo nosso merecimento, isto é, segundo nossas obras”. (Eliseu Rigonatti)
[5] “Assistimos aqui a um fenômeno de levitação, o qual pertence à categoria dos fenômenos de efeitos físicos. Nas sessões de efeitos físicos já se viram médiuns serem sustentados no ar e desse modo serem transportados como se propriamente andassem no ar. Jesus nos dá um exemplo desse fenômeno sendo levitado sobre a água. E ao permitir que Pedro lhe fosse ao encontro, Jesus faz com que Pedro também fosse levitado”. (Eliseu Rigonatti)
[6] Medida equivalente à oitava parte da milha romana, o que corresponde a aproximadamente 184 metros. É preciso lembrar que o lago do Tiberíades possui aproximadamente 20,8 km de cumprimento e 12,8km de largura. – Em O Novo Testamento traduzido por Haroldo Dutra
[7] “As curas de Jesus efetuavam-se pela fé. Essas curas se operavam da seguinte maneira: Jesus, cuja confiança em Deus era ilimitada, irradiava fluidos curativos; bastava que o enfermo possuísse um pouco de fé, para movimentar a seu favor os fluidos curativos, que se emanavam de Jesus”. (Eliseu Rigonatti)
[8]  Jesus estabelece paralelo com os cachorrinhos, carinhosamente tratados dentro de casa, ao lado dos filhos (“das criancinhas”, como diz a mulher) e que comem da mesma comida dos filhos, apenas um pouco mais tarde. – Severino Celestino da Silva em O Evangelho e o Cristianismo Primitivo
[9] “À primeira vista, parece que Jesus não tinha se apiedado da mulher cananéia, cuja filha estava obsidiada. Tal não era, porém, o pensamento do Mestre, cujo coração pulsava em uníssono com os corações dos sofredores que o clamavam. Com sua palavra, que parece envolver uma recusa, quis Jesus provar se aquela mulher tinha fé suficiente para merecer a graça que pedia. Pela sua resposta, a mulher demonstrou a grande fé que possuía. Jesus, então, sentiu-se à vontade para curar-lhe a filha, isto é, para afastar o espírito obsessor que a atormentava”. (Eliseu Rigonatti)
[10] “Marcos, referindo-se a uma categoria ainda mais ampla, diz que ela era grega ou gentia, ou pagã, isto é, não pertencia aos judeus. Mateus, que escreveu seu evangelho aos judeus, acrescenta que essa mulher era uma Cananeia, o mais antigo nome da tribo que ocupava as terras baixas, posteriormente tornando-se a Fenicia. (...)” – Severino Celestino da Silva em O Evangelho e o Cristianismo Primitivo
[11] Durante a festa das Tendas, as águas deste tanque eram utilizadas nos rituais de purificação. Essas águas eram consideradas símbolo das bênçãos messiânicas, razão pela qual o tanque se chamava “Enviado (Siloam)” – Em O Novo Testamento traduzido por Haroldo Dutra
[12] Trata-se de uma fórmula bíblica de caráter jurídico, uma espécie de juramento ou termo de compromisso da testemunha, pelo qual a pessoa se comprometia a dizer a verdade ou reparar alguma ofensa dita contra o Criador (Js 7:19; 1 Sm 6:5) – Em O Novo Testamento traduzido por Haroldo Dutra
[13] Era uma espécie de loucura, com intervalos de lucidez. Noutros casos, se referia à epilepsia. Acreditava-se que os ciclos dessa doença estivessem relacionados com as fases da lua ou com seus raios. – Em O Novo Testamento traduzido por Haroldo Dutra
[14] “O simples fato de alguém se intitular discípulo de Jesus, e o suficiente para adquirir a autoridade necessária para falar em nome dele. A autoridade espiritual se consegue através da moralidade. É preciso cultivar a fé viva, a pureza de pensamentos, de palavras e de atos, a fim de que os espíritos inferiores obedeçam irresistívelmente a quem os mandar. Os discípulos ordenavam ao espírito obsessor que abandonasse a vítima; porém vacilavam na fé, duvidavam de si próprios, o que fornecia forças para o obsessor desobedecer-lhes. O cultivo da fé, isto é da confiança ilimitada na bondade divina desenvolve dentro de nós uma alta força magnética, que convenientemente usada pela nossa vontade, é capaz de operar prodígios, sempre que for utilizada para beneficiar nosso próximo.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos humildes
[15] “As montanhas que a fé transporta são as dificuldades, as resistências, a má vontade. (...) O poder da fé tem aplicação direta e especial na ação magnética. Graças a ela, o homem age sobre o fluido, agente universal, modifica-lhes as qualidades e lhe dá impulso por assim dizer irresistível. Eis porque aquele que alia, a um grande poder fluídico normal, uma fé ardente, pode operar, unicamente pela sua vontade dirigida para o bem, esses estranhos fenômenos de cura e de outra natureza, que antigamente eram considerados prodígios, e que entretanto não passam de consequências de uma lei natural”. – O Evangelho Segundo o Espiritismo
[16] “Aqui Jesus faz referência aos espíritos inferiores, refratários ao influxo do bem e que por isso exigem fervorosa oração e alto padrão de moralidade dos que os doutrinam. A oração fervorosa é aquela que se faz ao Pai, cheia de amor pelo irmão infeliz, que ainda se compraz na ignorância. O jejum que Jesus recomenda é o jejum espiritual, que consiste na abstinência dos vícios, da imoralidade, e na renúncia a bem do próximo, jejum esse que dá forças ao doutrinador para lidar com os espíritos rebeldes.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes
[17] “A cura destes dois cegos é um fenômeno material, perfeitamente enqüadrado nas leis que regem as curas pelo fluido magnético curativo, que Jesus irradiava em alto grau, e sabia manejar.” Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes

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