sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

07. P) Povos de Israel. Pregações de Jesus (parte IV)


(continuação) Pela sequencia do Evangelho de Mateus, acrescento as passagens similares nos outros evangelhos. Tentando seguir a cronologia, vou inserindo passagens de outros evangelhos que não foram redigidas por Mateus.


JESUS E PEDRO PAGAM O TRIBUTO

“E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as dracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as dracmas?
Disse ele: Sim. E, entrando em casa, Jesus se lhe antecipou, dizendo: Que te parece, Simão? De quem cobram os reis da terra os tributos, ou o censo? Dos seus filhos, ou dos alheios?
Disse-lhe Pedro: Dos alheios. Disse-lhe Jesus: Logo, estão livres os filhos.
Mas, para que os não escandalizemos, vai ao mar, lança o anzol, tira o primeiro peixe que subir, e abrindo-lhe a boca, encontrarás um estáter; toma-o, e dá-o por mim e por ti[1].”
Mateus 17:24-27
PEQUENOS E GRANDES NO REINO DOS CÉUS

Mateus 18:1-5
Marcos 9:33-37
Lucas 9:46-48
Naquela mesma hora chegaram os discípulos ao pé de Jesus,


dizendo: Quem é o maior no reino dos céus?








E Jesus, chamando um menino, o pôs no meio deles,
E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.
Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus[2].
E qualquer que receber em meu nome um menino, tal como este, a mim me recebe.
E chegou a Cafarnaum e, entrando em casa, perguntou-lhes: Que estáveis vós discutindo pelo caminho?
Mas
eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior.
E ele, assentando-se, chamou os doze, e disse-lhes: Se alguém quiser ser o primeiro, será o derradeiro de todos e o servo de todos.
E, lançando mão de um menino, pô-lo no meio deles e, tomando-o nos seus braços, disse-lhes:











Qualquer que receber um destes meninos em meu nome, a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber, recebe, não a mim, mas ao que me enviou.





E suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior.
Mas Jesus, vendo o pensamento de seus corações, tomou um menino, pô-lo junto a si,


E disse-lhes: Qualquer que receber este menino em meu nome, recebe-me a mim;











e qualquer que me receber a mim, recebe o que me enviou; porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo será grande.

O ESCÂNDALO. O SAL INSÍPIDO

Mateus 18:6-11
Marcos 9:42-50
Lucas 17:1-2;14:34,35
Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar.
Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem![3]





Portanto, se a tua mão ou o teu pé te escandalizar, corta-o[4], e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida coxo, ou aleijado, do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno[5].
E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.














Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos céus.
Porque o Filho do homem veio salvar o que se tinha perdido.
E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e que fosse lançado no mar.














E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga,
Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga,
Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.
E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno,
Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga.









Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal.
Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.









E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem!


Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos.














































Bom é o sal; mas, se o sal degenerar, com que se há de salgar?
Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

PARÁBOLA DA OVELHA PERDIDA

Mateus 18:12-14
Lucas 15:1-7







Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?




E, se porventura achá-la, em verdade vos digo que maior prazer tem por aquela do que pelas noventa e nove que se não desgarraram.
Assim, também, não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca[6].
E Chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.
E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a perdida até que venha a achá-la?
E achando-a, a põe sobre os seus ombros, jubiloso;
E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.



Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

ERRO E PERDÃO

Mateus 18:15-22
Lucas 17:3-10
Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão;
Mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada.
E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano.
Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu[7].
Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.
Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles[8].
Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?
Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete[9].
Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.





















E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe.


Disseram então os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé.
E disse o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria.
E qual de vós terá um servo a lavrar ou a apascentar gado, a quem, voltando ele do campo, diga: Chega-te, e assenta-te à mesa?
E não lhe diga antes: Prepara-me a ceia, e cinge-te, e serve-me até que tenha comido e bebido, e depois comerás e beberás tu?
Porventura dá graças ao tal servo, porque fez o que lhe foi mandado? Creio que não.
Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer.

“Jesus aqui nos demonstra o valor da oração coletiva. Um pensamento para o bem, será sempre reforçado por outro pensamento que tenda para o bem. Quando duas ou mais pessoas oram em conjunto, forma-se uma corrente espiritual de alto valor para as curas, pelo acúmulo de energias fluídico-magnéticas. Essas energias são aproveitadas pelos espíritos curadores, para levarem alívio aos que sofrem, consolo aos aflitos, auxílio aos necessitados, esperança aos desanimados, forças aos enfraquecidos, luz aos que estão em trevas e conforto aos desamparados.”
Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes

PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA

“Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
E achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.”
Lucas 15:8-10
PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS

“E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.
E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades.
E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos.
E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada.
E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!
Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti;
Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.
Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés;
E trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos, e alegremo-nos;
Porque este meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado. E começaram a alegrar-se.
E o seu filho mais velho estava no campo; e quando veio, e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças.
E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo.
E ele lhe disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo.
Mas ele se indignou, e não queria entrar.
E saindo o pai, instava com ele. Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos;
Vindo, porém, este teu filho, que desperdiçou os teus bens com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado.
E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas;
Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.”
Lucas 15:11-32
PARÁBOLA DO DEVEDOR IMPLACÁVEL

“Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos;
E, começando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos;
E, não tendo ele com que pagar, o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que a dívida se lhe pagasse.
Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Então o Senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves.
Então o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei.
Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida.
Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara.
Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste.
Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?
E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que lhe devia.
Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.”
Mateus 18:23-35

“A parábola acima ilustra muito bem o que se passa entre a humanidade: todos estamos sobrecarregados de imensos débitos para com a Providência Divina; todos, continuamente, lhe suplicamos o perdão. Todavia, somos incapazes de perdoar do fundo do coração a menor falta que alguém cometer contra nós. Queremos que Deus nos perdoe e nos tolere, mas não queremos perdoar, nem tolerar nossos semelhantes. Por meio desta tão singela e tão expressiva parábola o Mestre nos ensina que. devemos cobrir com o manto do perdão e do amor os erros, que são cometidos contra nós, porque se assim não o fizermos, compareceremos com nossos erros descobertos na presença de Deus, o qual nos tratará exatamente como tivermos tratado nossos irmãos.”
Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes

ENSINO SOBRE O DIVÓRCIO

Mateus 19:1-9
Marcos 10:1-12
E aconteceu que, concluindo Jesus estes discursos, saiu da Galiléia, e dirigiu- se aos confins da Judéia, além do Jordão;
E seguiram-no grandes multidões, e curou-as ali.

Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?
Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez,
E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?
Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem[10].
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?
Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim[11].














Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
E, levantando-se dali, foi para os termos da Judéia, além do Jordão, e


a multidão se reuniu em torno dele; e tornou a ensiná-los, como tinha por costume.
E, aproximando-se dele os fariseus, perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?










Mas ele, respondendo, disse-lhes: Que vos mandou Moisés?
E eles disseram: Moisés permitiu escrever carta de divórcio e repudiar.
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Pela dureza dos vossos corações vos deixou ele escrito esse mandamento;
Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea.
Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher,
E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.
E em casa tornaram os discípulos a interrogá-lo acerca disto mesmo.
E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela.
E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.


Fonte: http://mauricioberwaldoficial.blogspot.com/2016/03/geografia-cafarnaum.html

"Ao lado das leis materiais, quase que instintivas, funcionam também puras e santificantes leis morais. Se as leis do instinto ligam os corpos, as leis morais ligam as almas, e determinam cinco espécies de casamentos, em nosso planeta, a saber:
CASAMENTOS POR AFINIDADE: Almas gêmeas isto é, com o mesmo grau de evolução, unem-se para progredirem juntas. Dão-nos o exemplo do casamento perfeito. O lar é harmonioso. A vida exemplar que o casal vive, constitui um modelo.
CASAMENTOS DE PROVAS: O casamento é uma prova de resignação, paciência, tolerância e fraternidade. Espíritos de diversos graus evolutivos reúnem-se no mesmo lar, onde se esforçam por viverem em harmonia, apesar da disparidade de gostos, de idéias e de inclinações, que os separam.
CASAMENTOS DE EXPIAÇÃO: Espíritos culpados, que erraram juntos em encarnações anteriores, reúnem-se no mesmo lar, para retificarem os erros do passado.
CASAMENTOS DE RESGATE: O casamento é de resgate, quando os membros da família procuram resgatar dívidas, que contraíram uns para com os outros, em encarnações anteriores. Assim, o homem que atirou à lama uma mulher, na encarnação seguinte poderá pedir para vir a ser seu marido, para dignificá-la. A mulher, por cuja causa um homem se desviou, poderá, em futura encarnação, servir-lhe de arrimo, para ajudá-lo a voltar ao reto caminho. Os pais que se descuraram da educação moral dos filhos, poderão pedir nova encarnação, em que lhes seja concedido trabalharem para a melhoria de seus filhos extraviados, resgatando desse modo, o mal que lhes causaram.
CASAMENTOS DE RENÚNCIA: O casamento é de renúncia quando um ou os dois cônjuges, embora não mais necessitando de encarnações terrenas, contudo se encarnam para apressarem o progresso de seus familiares, que se atrasaram no caminho da evolução.
Como vemos além de formarem uma só carne, marido e mulher obedecem a sublimes leis morais, que não podem ser transgredidas impunemente.”
Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes

A LEI E O REINO DE DEUS

“E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas estas coisas, e zombavam dele.
E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.
A lei e os profetas duraram até João; desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele.
E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.
Qualquer que deixa sua mulher, e casa com outra, adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido, adultera também.”
Lucas 16:14-18

ENSINO SOBRE OS EUNUCOS

“Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.
Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.
Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos, por causa do reino dos céus. Quem pode receber isto, receba-o.”
Mateus 19:10-12
AS CRIANÇAS E O REINO DOS CÉUS

Mateus 19:13-15
Marcos 10:13-16
Lucas 18:15-17
Trouxeram-lhe, então, alguns meninos, para que sobre eles pusesse as mãos, e orasse; mas os discípulos os repreendiam.
Jesus, porém, disse: Deixai os meninos, e não os estorveis de vir a mim; porque dos tais é o reino dos céus[12].







E, tendo-lhes imposto as mãos, partiu dali.
E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam.

Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus.
Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele.
E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou.
E traziam-lhe também meninos, para que ele lhes tocasse; e os discípulos, vendo isto, repreendiam-nos.

Mas Jesus, chamando-os para si, disse: Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o reino de Deus.

Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele.



O JOVEM RICO

Mateus 19:16-22
Marcos 10:17-22
Lucas 18:18-23
E eis que, aproximando-se dele um jovem, disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna?

E ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus.
Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos.
Disse-lhe ele: Quais?
E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho;
Honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?


Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me[13].
E o jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades.
E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante dele, e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?
E Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus.
Tu sabes os mandamentos:


Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás falso testemunho; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe.


Ele, porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha mocidade.
E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me.
Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades.
E perguntou-lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?


Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.
Sabes os mandamentos:


Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe.




E disse ele: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade.

E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe:
Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me.

Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico.


PARÁBOLA DO RICO INSENSATO

“E disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança.
Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?
E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.
E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância;
E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.”
Lucas 12:13-21
PARÁBOLA DO RICO E DE LÁZARO

“Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio[14] de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai,
Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.
Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.”
AS POSSES E REINO DOS CÉUS

Mateus 19:23-30
Marcos 10:23-31
Lucas 18:24-30
Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus.









E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo[15] pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
Os seus discípulos, ouvindo isto, admiraram-se muito, dizendo: Quem poderá pois salvar-se?
E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.


Então Pedro, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo, e te seguimos; que receberemos?
E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vós, que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel.
E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor de meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna[16].
Porém, muitos primeiros serão os derradeiros, e muitos derradeiros serão os primeiros.
Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!
E os discípulos se admiraram destas suas palavras; mas Jesus, tornando a falar, disse-lhes: Filhos, quão difícil é, para os que confiam nas riquezas, entrar no reino de Deus!
É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.

E eles se admiravam ainda mais, dizendo entre si: Quem poderá, pois, salvar-se?

Jesus, porém, olhando para eles, disse: Para os homens é impossível, mas não para Deus, porque para Deus todas as coisas são possíveis.
E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos.

E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho,
Que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna.
Porém muitos primeiros serão derradeiros, e muitos derradeiros serão primeiros.
E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!







Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.

E os que ouviram isto disseram: Logo quem pode salvar-se?


Mas ele respondeu: As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus.


E disse Pedro: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos.


E ele lhes disse: Na verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou pais, ou irmãos, ou mulher, ou filhos, pelo reino de Deus,



Que não haja de receber muito mais neste mundo, e na idade vindoura a vida eterna.



PARÁBOLA DOS TRABALHADORES DA VINHA

“Porque o reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.
E, ajustando com os trabalhadores a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha.
E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça,
E disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram.
Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo.
E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos, e perguntou- lhes: Por que estais ociosos todo o dia?
Disseram-lhe eles: Porque ninguém nos assalariou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vinha, e recebereis o que for justo.
E, aproximando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o jornal, começando pelos derradeiros, até aos primeiros.
E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um.
Vindo, porém, os primeiros, cuidaram que haviam de receber mais; mas do mesmo modo receberam um dinheiro cada um.
E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família,
Dizendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suportamos a fadiga e a calma do dia.
Mas ele, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço agravo; não ajustaste tu comigo um dinheiro?
Toma o que é teu, e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti.
Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom?
Assim os derradeiros serão primeiros, e os primeiros derradeiros[17]; porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos[18].”
Mateus 20:1-16
PEDIDO DA MULHER/FILHOS DE ZEBEDEU

“O povo, de há muito, falava em revolução contra os romanos e os comentadores mais indiscretos anteviam a queda próxima dos Ântipas. O novo reinado estava próximo e, alucinada pelos sonhos maternais, Salomé procurou o Messias no círculo dos seus primeiros discípulos.
— Senhor — disse, atenciosa —, logo após a instituição do teu reino, eu desejaria que os meus filhos se sentassem um à tua direita e outro à tua esquerda, como as duas figuras mais nobres do teu trono.
Jesus sorriu è obtemperou com gesto bondoso:
— Antes de tudo, é preciso saber se eles quererão beber do meu cálice!...
A genitora dos dois jovens embaraçou-se.(...)
Boa Nova, Francisco Xavier/ Humberto de Campos


Mateus 20:20-23
Marcos 10:35-40
Então se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e fazendo-lhe um pedido.
E ele diz-lhe: Que queres?

Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino.
Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu hei de beber, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos.
E diz-lhes ele: Na verdade bebereis o meu cálice e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado,


mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me pertence dá-lo, mas é para aqueles para quem meu Pai o tem preparado[19].
E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que te pedirmos.
E ele lhes disse: Que quereis que vos faça?
E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda.
Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?


E eles lhe disseram: Podemos. Jesus, porém, disse-lhes: Em verdade, vós bebereis o cálice que eu beber, e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado;
Mas, o assentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence a mim concedê-lo, mas isso é para aqueles a quem está reservado.

O GRANDE SERVIDOR
Mateus 20:24-28
Marcos 10:41-45
Lucas 22:24-30
E, quando os dez ouviram isto, indignaram-se contra os dois irmãos.
Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles.
Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal;

E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo;

Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos[20].
E os dez, tendo ouvido isto, começaram a indignar-se contra Tiago e João.
Mas Jesus, chamando-os a si, disse-lhes: Sabeis que os que julgam ser príncipes dos gentios, deles se assenhoreiam, e os seus grandes usam de autoridade sobre eles;

Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que entre vós quiser ser grande, será vosso serviçal;

E qualquer que dentre vós quiser ser o primeiro, será servo de todos.

Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos.
E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior.
E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores.



Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve.
Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa?
Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve.



E vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações.
E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou,
Para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel.

Atualizado em 06/09/2019

Bibliografia:

Bíblia Sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida.
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Brasilia, FEB, 2013. 131ª Edicao.
Dias, Haroldo Dutra. O Novo Testamento, traduzido por. 1ª edição. FEB, Brasília, 2013.
http://mauricioberwaldoficial.blogspot.com/2016/03/geografia-cafarnaum.html. Acesso em Dezembro/2018.
Xavier, Francisco Candido. Boa Nova. Pelo Espírito Humberto de Campos. 37 ed, Brasília: FEB, 2014.
Rigonatti, Eliseu. O evangelho dos humildes. Disponível em http://bvespirita.com/Livros2-O.html. Pesquisa feita em Janeiro/2019.


[1] “Nesta passagem em que se conta como Jesus paga o tributo, ele nos lega uma lição de fé no trabalho. Ele nos demonstra que com o trabalho honesto e honrado de nossas mãos ou de nossa inteligência, granjearemos tudo quanto necessitamos para nossa subsistência, e para cumprirmos lealmente nossas obrigações e compromissos terrenos. Ao serem Pedro e Jesus solicitados para pagarem o tributo, não tinham o dinheiro. E Pedro foi pescar. Com o tra balho de Pedro, foi pescado um peixe que, vendido, deu-lhes a quantia de que precisavam para o pagamento do imposto. Em sua simbologia, este trecho do Evangelho nos recorda que por mais aflitiva que seja nossa situação financeira, o trabalho é o recurso que o Pai nos deu para resolvermos satisfatoriamente a parte material de nossa existência terrena.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes
[2] “A infância é o símbolo da pureza e da inocência. Para que sejamos grandes no reino dos céus, é preciso que nós nos tornemos puros e inocentes como as crianças.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes
[3] “Os escândalos do mundo se originam da ignorância espiritual em que vive a humanidade. Os crimes, os vícios, as paixões inferiores, as ambições desvairadas, as vinganças, os ódios, a desonestidade tudo são escândalos. Enquanto os homens persistirem em alimentar estes escândalos, não se livrarão do cortejo de sofrimentos, que os acompanham. Em virtude de estarem os homens vivendo em completo desacordo com as leis divinas, é natural que sejam necessários os escândalos para que o sofrimento lhes faça aborrecer o caminho errado que tomaram. Quando todos se compenetrarem da inutilidade de viverem desrespeitando as leis de Deus e se regenerarem, cessarão os escândalos.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes
[4] “Figura enérgica, que seria absurdo tomar ao pé da letra, e que significa simplesmente a necessidade de detruirmos em nós todas as causas de escândalo, ou seja, do mal”. – O Evangelho Segundo o Espiritismo
[5] “Temos aqui a lei das causas e dos efeitos. Cada um é punido naquilo por que pecou. Se os órgãos do corpo, ao invés de servirem para o bem, são utilizados para o mal, deverão ser suprimidos do futuro corpo, no qual o espírito se reencarnará. Assim o espírito se penitenciará do erro cometido e aprenderá a servir-se nobremente dos instrumentos que o Senhor lhe emprestou para seu progresso. Pela aplicação dessa lei, os que consagram sua inteligência ao mal, serão compelidos à idiotia; os que abusam do poder, serão rebaixados à subalternidade; os que menosprezam o dom da saúde, terão de viver em organismos enfermos; enfim, cada um sofrerá em si próprio o efeito do erro cometido. Quanto à expressão fogo do inferno, não a devemos tomar no sentido de “lugar de eternos suplícios”; porém, como sendo a intranqüilidade que agita a alma e a faz penar até que não corrija o mal praticado. Uma vez que, pelo esforço e boa vontade, a alma se livra das manchas que lhe queimam a consciência, cessará o “fogo do inferno” que a consumia. – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes
[6] “Os espíritos são criados por Deus, nosso Pai, e devem progredir por seus próprios esforços. Durante sua evolução, écomum os espíritos fracassarem nas provas a que se submetem; desviam-se do caminho do bem e se perdem nas sendas da iniqüidade. Deus não extermina os filhos extraviados; unicamente os envia aos mundos inferiores, onde aprenderão à custa de trabalhos e de sofrimentos, a não mais praticarem o mal.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes
[7] “Pode acontecer originar-se entre duas pessoas, ou mais, uma desavença qualquer. Importa que essa desavença seja sanada o mais rápido possível, porque, muitíssimas vezes, as pessoas que se desavieram, são irmãos que devem trilhar juntos o mesmo caminho nesta encarnação. E se uma desavença os separar, haverá retardamento do progresso espiritual dos dois.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes
[8] Em O Evangelho Segundo o Espiritismo: “Para estarem reunidos em nome de Jesus, não basta a presença material, pois é necessário que o estejam espiritualmente, pela comunhão de intenções e de pensamentos, voltados para o bem. Então Jesus se encontra no meio da reunião, Ele ou os Espíritos puros que o representam.”
[9] Não há número definido de quantas vezes poderemos perdoar as ofensas, sejam elas quais forem, que nossos irmãos cometam contra nós. É preciso, para nossa felicidade aqui na terra presentemente, e no mundo espiritual futuramente, que estejamos sempre prontos a perdoar tudo a todos, e em quaisquer momentos e circunstâncias.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes
[10] As condições que regulam o casamento são humanas e diferem de país para país. Ao lado destas leis humanas e materiais existe a lei divina, imutável como todas as leis de Deus, e exclusivamente moral, que é a lei do amor. “Deus quis que os seres se unissem, não somente pelos laços carnais, mas também pelos da alma, a fim de que a mútua afeição dos esposos se estenda aos filhos, e para que sejam dois, em vez de um, a amá-los, trata-los e fazê-los progredir.” Com essas palavras de Jesus, devemos entender que deve-se aplicar a lei imutável de Deus, e não a lei instável dos homens. - Em O Evangelho Segundo o Espiritismo
[11] “Na origem da humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e orgulho, e viviam segundo as leis de Deus, as uniões, fundadas na simpatia recíproca e não sobre a vaidade ou a ambição, não davam motivo ao repúdio”. - Em O Evangelho Segundo o Espiritismo
[12] “Jesus chamava a si a infância intelectual da criatura formada: os fracos, os escravos, os viciosos. Ele nada podia ensinar à infância física, presa na matéria, sujeita ao jugo dos instintos, e ainda não integrada na ordem superior da razão e da vontade, que se exercem em torno dela e em seu benefício. Jesus queria que os homens se entregassem a ele com a confiança desses pequenos seres de passos vacilantes, cujo apelo lhe conquistaria o coração das mulheres, que são todas mães. Assim, ele submetia as almas à sua terna e misteriosa autoridade”. – O Evangelho Segundo o Espiritismo
[13] O objetivo de Jesus não era o de estabelecer como princípio absoluto que cada um devia despojar-sedo que possui, mas de que o apego aos bens materiais são um obstáculo à salvação. – O Evangelho Segundo o Espiritismo
[14] Expressão idiomática semítica para se referir àqueles convidados de honra, em um banquete, que se reclinavam à mesa, próximos do anfitrião, de modo que a cabeça deles tampava o peito da pessoa que estava próxima. (...) No caso em exame, a referida expressão nos remete ao banquete do mundo vindouro (vida futura), no qual, segundo a tradição judaica, estarão os patriarcas e todos os profetas, além dos justos de todas as nações. – Em O Novo Testamento traduzido por Haroldo Dutra
[15] Em hebreu a mesma palavra se emprega para designa “cabo” e “camelo”.  – O Evangelho Segundo o Espiritismo
[16] No judaísmo rabínico, essa expressão ganhou importante destaque por estar relacionada ao Messias de Israel. Nesse sentido, as expressões “fim dos dias”, “dias do Messias”, “Ressurreição dos Mortos” e “Mundo Vindouro” se identificam, e fazem referência conjunta às profecias hebraicas que prometem um mundo de paz, justiça e felicidade sem mácula, inclusive com a ressurreição dos mortos, a ser inaugurado pelo Messias. – Em O Novo Testamento traduzido por Haroldo Dutra
[17] “O trabalhador da última hora tem direito ao salário. Mas para isso é necessário que se tenha conservado com boa vontade à disposição do Senhor que o devia empregar, e que o atraso não seja fruto da sua preguiça ou da sua má vontade. Tem direito ao salário, porque, desde o alvorecer, esperava impacientemente aquele que, por fim, o chamava ao labor. Era trabalhador, e apenas lhe faltava o que fazer”. – O Evangelho Segundo o Espiritismo
[18] “Esta formosa parábola é um hino de esperança. Por meio dela, Jesus nos ensina que sempre é tempo de cuidarmos de nossas almas, e de colaborarmos com o Senhor na tarefa de evangelizar nossos irmãos menores. Quer estejamos no vigor da juventude, quer já tenhamos começado a sentir o cansaço da velhice, toda a hora é hora de trabalharmos para Deus, e de merecermos o salário divino. (...) Nem todos são escolhidos, porque nem todos estão preparados para arcarem com a responsabilidade, que o Evangelho acarreta a quem o abraça. Os chamados são a humanidade, porque o Evangelho é pregado a todos os povos. Contudo, dentre os que ouvem a palavra divina, poucos têm forças suficientes para viverem de conformidade com ela. Por isso Jesus diz que poucos são os escolhidos. À medida, porém, que cada um for adquirindo forças, através das experiências que terá durante sucessivas encarnações, irá sendo escolhido para testemunhar particularmente o Evangelho, embora o chamado seja geral.” – Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos Humildes
[19] “Todos aqueles que aspiram a um lugar para o qual ainda não estão preparados, demonstram orgulho, embora sintam-se com a coragem necessária para suportarem os riscos, que a conquista do posto que ambicionam, acarreta. Mesmo que os filhos de Zebedeu bebessem o cálice do Mestre, ainda assim não teriam assento ao lado dele, por não estarem à altura da evolução espiritual de Jesus. Ao responder-lhes Jesus, que os lugares à sua direita ou à sua esquerda dependiam da vontade de Deus, quis dizer-lhes que esses lugares não se davam a qualquer um, mas unicamente aos que se tinham tornado dignos de ocupá-los.
Este episódio simboliza também o grande número de pedidos inconsiderados que continuamente sobem aos pés do Altíssimo. Destes pedidos, uns não podem ser atendidos, por faltar-lhes merecimento; e outros, porque se fossem atendidos, perturbariam a evolução espiritual dos que os formulam. Por isso, é muito conveniente que analisemos muito bem os pedidos que fizermos a Deus em nossas orações; devemos primeiro ver se merecemos o que pedimos e depois, se uma vez atendidos, o que pedimos não nos irá trazer perturbações.” – Eliseu Rigonatti, O evangelho dos humildes
[20] Os espíritos elevados renunciam a serem servidos, para servirem aos pequeninos, que a misericórdia do Pai colocou sob a proteção e a tutela deles. Tal é o exemplo que Jesus nos lega. Sua vida é um contínuo devotamento ao próximo; chegou a renunciar à própria personalidade, e por fim deu a vida para remissão até dos mesmos que o levaram ao suplício da cruz.”- Eliseu Rigonatti, O Evangelho dos humildes

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