“Quando Alexandre morreu em 323
a.C., seus generais disputaram a posse do império. Em 315 a.C., depois de
sete anos de luta, tinham aparecido quatro líderes notáveis. Eram eles:
Antígono, o mais proeminente, que ficou com todo o território desde o Mediterrâneo
até a Asia Central; Cassandro, que reinou na Macedonia; Ptolomeu Lagos, que se
apossou do Egito e do sul da Síria (em conexão com ele, deve ser mencionado
Seleuco, seu principal general); e Lisímaco na Trácia. (...)
Fonte: La Rousse
Em 302 a.C., em Ipso, na Frígia, Antígono foi derrotado e
morto. Seleuco tomou posse da Babilonia e, embora assassinado em 280 a.C., teve
por sucessor seu filho, Antíoco I. (...) Quando, por fim, a situação política
se estabilizou depois da morte de Alexandre, a Palestina foi governada pelos
ptolomeus até 198 a.C. A posição de Judá parece ter permanecido a mesma que
tinha sido sob a Pérsia. O sumo sacerdote era considerado como o chefe da
comunidade e, de modo crescente, se revestiu do caráter de um príncipe secular.
Foi um período de paz e relativa prosperidade. Inevitavelmente, as influencias
culturais gregas invadiram a sociedade judaica e as sementes de um futuro
conflito violento foram lançadas.
Nesse tempo, a população judaica do
Egito cresceu rapidamente. A maior concentração de judeus estava na nova cidade
de Alexandria[1],
que logo se tornou um centro de vida judaica. No começo do século III, os
judeus de fala grega de Alexandria traduziram a Torah
para o grego e o resto da Bíblia se seguiu no devido tempo; esta foi a versão
chamada Setenta (LXX).”
Chave para a Bíblia, Wifrid John Harrington.
Fonte: Slide Share, Apresentacao Profa Dra Luciana Gracioso
“A tradição rezava, no meio essênio[2],
que o original fora obra de anciãos da seita. (...) foram encarregados da
tradução do Pentateuco, do hebraico para o grego, pelo poderoso rei Ptolomeu
Filadelfo, do Egito.”
A Grande Espera, Corina Novelino
“Seleuco
IV foi assassinado por Heliodoro, que planejou colocar no trono o filho menor
de Seleuco, Antíoco, ignorando as reivindicações de um filho mais velho,
Demétrio, que ficara em Roma como refém. Contudo, apareceu um terceiro
pretendente, Antíoco, irmão de Seleuco IV, que tinha sido anteriormente refém.
Antíoco chegou à Síria com um exército e expulsou Heliodoro. Atuou como regente
para seu jovem sobrinho Antíoco, mas com o título de rei. O último foi
assassinado em 169 a.C. e o tio reinou sozinho. Com a entrada em cena de
Antíoco IV Epífanes (175-163 a.C.), a própria existência do Judaísmo foi
ameaçada. O perigo que sua política trazia para o modo de vida judaico foi
aumentando por uma trágica ruptura dentro da comunidade.
Durante
o final do período persa, o impacto da cultura helenística era sentido na Ásia
Ocidental. Como resultado da conquista e da política deliberada de Alexandre, a
difusão da língua e das ideias gregas prosseguiu em ritmo surpreendente; o
grego tornou-se logo a língua franca[3]
do mundo civilizado. Os judeus da Diáspora absorveram a língua e cultura
gregas; os judeus da Palestina não puderam escapar da influência, visto que a
terra estava cheia de colônias gregas. Em geral, essa influência não foi
direta; o pensamento grego estava no ar e era inevitável que alguma coisa dele
tivesse sido absorvida. Contudo, alguns judeus se entusiasmaram e, defrontados
com a cultura grega, se envergonharam de seu próprio modo de vida, ao ponto de
repudiá-lo. Como frequentemente acontece, eles revelavam mais zelo pelas coisas
gregas que os próprios gregos. O rei sírio, em sua tentativa de primeiro
helenizar Judá e depois destruir a religião judaica, encontrou entusiásticos
aliados dentro da comunidade judaica, especialmente entre a classe sacerdotal.
O
termo Diáspora (dispersão) é
frequente no Judaísmo do período helenístico e é usado para designar a
totalidade dos judeus que viviam fora da Palestina. Havia sentimento
nacionalista no termo: os judeus que tinham de viver fora da terra santa
estavam “disseminados” entre os gentios. Contudo, nem todos os judeus da
Diáspora eram exilados involuntários.
Muitos
dos judeus do Exílio tinham escolhido ficar na Babilonia; por isso, a Babilonia
continuou a ser um importante centro do Judaísmo. Com a difusão do helenismo,
novos e importantes centros surgiram, especialmente Alexandria. Os judeus
tinham lugar privilegiado ali e sua colônia cresceu rapidamente. Alexandria era
o principal porto do Mediterrâneo; dele, o caminho se abria para o mundo grego
e o romano e para a Ásia Menor. A capital dos selêucidas, Antioquia, que em
importância aproximava-se de Alexandria, era outro centro do Judaismo; ela
controlava o oriente do Mediterrâneo e estava aberta para a Síria.
(...)
Jerusalém sempre foi o centro de toda a vasta rede. (...) Contudo, o papel
providencial da Diáspora não se limita a isso; o ativo proselitismo de muitos
judeus preparou o caminho para a difusão do Cristianismo. Gentios que tinham
sido atraídos pelo monoteísmo e pelo elevado código moral do Judaísmo
encontraram na nova religião tudo aquilo que eles tinham procurado”.
Chave para a Bíblia, Wifrid John
Harrington.
Harrington, Wifrid John. Chave para a Bíblia: a revelação: a
promessa: a realização. 1a Ed, São Paulo. Ed. Paulinas, 1985
Novelino, Corina. A Grande Espera. Pelo Espírito Eurípedes
Barsanulfo. 11ª ed, São Paulo. IDE,
2008.
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-eram-os-essenios/.
Pesquisa feita em julho/2018.
http://www.larousse.fr/encyclopedie/images/Lempire_dAlexandre_et_son_partage/1009143.
Pesquisa feita em Julho/2018.
https://pt.slideshare.net/drielycristinefernandes/seminrio-alexandria.
Pesquisa em Julho/2018
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexandria. Pesquisa feita em julho/2018
http://www.galaor.com.br/lingua-franca. Pesquisa feita em julho/2018
[1] Foi
fundada em torno de um pequeno "vilarejo" em 331
a.C. por Alexandre, o Grande. Permaneceu como capital do Egito
durante mil anos, até à conquista muçulmana do Egito, quando a capital
passou a ser Fostate (que foi depois incorporada no Cairo). Alexandria
era conhecida pelo Farol de Alexandria (uma das sete maravilhas do mundo antigo), pela Biblioteca de Alexandria (a maior do
mundo antigo) e pelas catacumbas de Kom el Shoqafa (uma das sete
maravilhas do mundo medieval). (Wikipedia)
[2] Essenios eram adeptos de uma seita judaica que existiu
na Palestina, no Oriente Médio, entre os séculos 2 a.C. e 1 d.C. Viviam
afastados da sociedade e de forma que todos os bens eram de propriedade
coletiva. Em suas sociedades, que em geral excluíam mulheres, eles observavam
rigorosamente os mandamentos de Moisés. O surgimento da seita ocorreu numa
época em que a classe alta de Jerusalém, na Palestina, estava sob forte
influência da cultura grega – racional e pagã. Os essênios provavelmente foram
exterminados pelos romanos, ou obrigados a deixar suas comunidades e fugir para
salvar suas vidas, por volta do ano 68 d.C (Revista Superinteressante)
[3] Lingua franca (sem
acento no ‘i’) é uma expressão latina para língua de contato ou língua de
relação resultante do contato e comunicação entre grupos ou membros de grupos
linguisticamente distintos para o comércio internacional e outras interações
mais extensas. (Galaor Bortoletto)
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