sábado, 14 de outubro de 2017

07. B) Povos de Israel. Moises

III – Moisés

“Por volta de 1550, uma nova dinastia de faraós retoma o poder, expulsa os hicsos e inicia uma outra fase imperial na história do Egito. Em 1350, acontece uma revolução religiosa. Amenófis IV substitui o culto de um extraordinariamente grande número de deuses pela adoração exclusiva de Aton, deus-Sol, mudando simultaneamente seu próprio nome para Ecnaton. Não é um monoteísmo, isto é, o reconhecimento da existência de um só Deus, mas antes uma monolatria, ou henoteísmo, o culto a um só deus, não excluindo a existência de outros. O povo não gostou. E muito menos os militares e a poderosa corporação dos sacerdotes. (...) Por mais 1.500 anos o Egito continuará politeísta.
O período subsequente ao breve reinado de Ecnaton é marcado pela decadência dos costumes. A vulgaridade domina nas artes e na arquitetura, a pintura não possui o refinamento do passado e o país fica militar e politicamente enfraquecido. Todavia, o surgimento de uma nova dinastia forte, com Ramsés I e Setos I, restaura o prestígio egípcio. Em 1301 assume Ramsés II, um dos maiores construtores da história. Ergue o imenso Ramesseum de Tebas, o grande pátio do templo de Luxor, as colunatas de Karnak. Quando decide construir duas cidades-fortaleza, Piton e Raamsés, no Delta do Nilo, cruzam-se novamente a história do Egito e de Israel.”
Uma história do povo judeu, Hans Borger


Fonte: The Bible Unearthed 2 Pitom Ramses

“E levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José;
O qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito, e mais poderoso do que nós.
Eia, usemos de sabedoria para com eles, para que não se multipliquem, e aconteça que, vindo guerra, eles também se ajuntem com os nossos inimigos, e pelejem contra nós, e subam da terra.
E puseram sobre eles maiorais de tributos, para os afligirem com suas cargas. Porque edificaram a Faraó cidades-armazéns, Pitom e Ramessés.
Mas quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam, e tanto mais cresciam; de maneira que se enfadavam por causa dos filhos de Israel.
E os egípcios faziam servir os filhos de Israel com dureza;
Assim que lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o seu serviço, em que os obrigavam com dureza.”
Bíblia Sagrada, Êxodo 1:8-14
“E falou Deus assim: Que a sua descendência seria peregrina em terra alheia, e a sujeitariam à escravidão, e a maltratariam por quatrocentos anos.”
Bíblia Sagrada, Atos dos Apostolos, 7:6

“Até que se levantou outro rei, que não conhecia a José.
Esse, usando de astúcia contra a nossa linhagem, maltratou nossos pais, ao ponto de os fazer enjeitar as suas crianças, para que não se multiplicassem.”

Biblia Sagrada,
Atos 7:18,19

De repente, além de escravizar os hebreus, Ramsés também quer extingui-los, ordenando a matança de todos os recém-nascidos do sexo masculino, a primeira tentativa de genocídio contra Israel.”
Uma história do povo judeu, Hans Borger

“Se quisermos ser mais precisos, devemos considerar duas alternativas:
1.                         Faraó da opressão: Séti I (1317-1301 a.C.)
Faraó do êxodo: Ramsés II (1301-1234 a.C.)
2.                         Faraó da opressão: Ramsés II (1301-1234 a.C.)
Faraó do êxodo: Merneptah (1234-1225 a.C.)”

Chave para a Bíblia, Wilfrid John Harrington

“Então ordenou Faraó a todo o seu povo, dizendo: A todos os filhos que nascerem lançareis no rio, mas a todas as filhas guardareis com vida.
E foi um homem da casa de Levi e casou com uma filha de Levi.
E a mulher concebeu e deu à luz um filho; e, vendo que ele era formoso, escondeu-o três meses.
Não podendo, porém, mais escondê-lo, tomou uma arca de juncos, e a revestiu com barro e betume; e, pondo nela o menino, a pôs nos juncos à margem do rio.
E sua irmã postou-se de longe, para saber o que lhe havia de acontecer.
E a filha de Faraó desceu a lavar-se no rio, e as suas donzelas passeavam, pela margem do rio; e ela viu a arca no meio dos juncos, e enviou a sua criada, que a tomou.
E abrindo-a, viu ao menino e eis que o menino chorava; e moveu-se de compaixão dele, e disse: Dos meninos dos hebreus é este.
Então disse sua irmã à filha de Faraó: Irei chamar uma ama das hebréias, que crie este menino para ti?
E a filha de Faraó disse-lhe: Vai. Foi, pois, a moça, e chamou a mãe do menino.
Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; eu te darei teu salário. E a mulher tomou o menino, e criou-o.
E, quando o menino já era grande, ela o trouxe à filha de Faraó, a qual o adotou; e chamou-lhe Moisés, e disse: Porque das águas o tenho tirado.”
Bíblia Sagrada, Êxodo 1:22; 2:1-10

“Nesse tempo nasceu Moisés, e era mui formoso, e foi criado três meses em casa de seu pai. E, sendo enjeitado, tomou-o a filha de Faraó, e o criou como seu filho. E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras”.
Bíblia Sagrada, Atos dos Apostolos, 7:20-22

“Moisés cresce na corte do faraó, alheio ao seu povo. Alguma coisa, talvez uma observação pejorativa, traz-lhe a consciência não ser ele um egípcio. E fora dos limites palacianos descobre os Bne Israel, o mundo dos escravos, dos campos de trabalho”.
Uma história do povo judeu, Hans Borger



“E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos, e atentou para as suas cargas;
e viu que um egípcio feria a um hebreu, homem de seus irmãos.





E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia.
E tornou a sair no dia seguinte, e eis que dois homens hebreus contendiam; e disse ao injusto: Por que feres a teu próximo?

O qual disse: Quem te tem posto a ti por maioral e juiz sobre nós? Pensas matar-me, como mataste o egípcio?


Então temeu Moisés, e disse: Certamente este negócio foi descoberto.
Ouvindo, pois, Faraó este caso, procurou matar a Moisés; mas Moisés fugiu de diante da face de Faraó, e habitou na terra de Midiã, e assentou-se junto a um poço.”

“E, quando completou a idade de quarenta anos, veio-lhe ao coração ir visitar seus irmãos, os filhos de Israel.
E, vendo maltratado um deles, o defendeu, e vingou o ofendido, matando o egípcio.
E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes havia de dar a liberdade pela sua mão; mas eles não entenderam.




E no dia seguinte, pelejando eles, foi por eles visto, e quis levá-los à paz, dizendo: Homens, sois irmãos; por que vos agravais um ao outro?

E o que ofendia o seu próximo o repeliu, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz sobre nós?
Queres tu matar-me, como ontem mataste o egípcio?
E a esta palavra fugiu Moisés,






e esteve como estrangeiro na terra de Midiã, 
onde gerou dois filhos.”


Fonte: CCYeshua

Em Midia Moisés é acolhido pela família de Jetro e casa com sua filha Zípora.


Êxodo 3:1-10
Atos 7:30-34
“E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe.
E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima.
E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui.
E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa.
Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus.



E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores.
Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu.
E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem.
Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito.”




“E, completados quarenta anos, apareceu-lhe o anjo do Senhor no deserto do monte Sinai, numa chama de fogo no meio de uma sarça.
Então Moisés, quando viu isto, se maravilhou da visão; e, aproximando-se para observar, foi-lhe dirigida a voz do Senhor,





Dizendo: Eu sou o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, e o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés, todo trêmulo, não ousava olhar.
E disse-lhe o Senhor: Tira as alparcas dos teus pés, porque o lugar em que estás é terra santa.
Tenho visto atentamente a aflição do meu povo que está no Egito, e ouvi os seus gemidos, e desci a livrá-los.










Agora, pois, vem, e enviar-te-ei ao Egito.



E ouvindo o chamado na Sarça Ardente, Moisés volta para o Egito com o intuito de tirar seu povo da escravidão.

“O relutante profeta volta ao Egito. O irmão, Aarão, serve-lhe de porta-voz para, em nome do Deus dos Pais, anunciar aos israelitas que foi enviado pra resgatá-los do cativeiro. Eles acreditam em Moisés e em sua missão. A conclamação em nome do Deus dos Pais mobiliza-os. Eles sabem em nome de quem Moisés está falando. Está viva em sua memória a lembrançca de uma Promessa e uma Aliança com o Deus dos patriarcas. Não fosse assim, o Êxodo nada mais seria do que um levante de escravos.”
Uma história do povo judeu, Hans Borger

E Moisés solicita ao Faraó do Egito a libertação dos escravos, e por varias vezes obteve não como resposta. Para dissuadir o Faraó, as pragas começam a assolar o Egito (Êxodo, 7-11):

1 – As águas tornam-se sangue
2 – Rãs
3 – Piolhos
4 – Moscas
5 – Peste nos Animais
6 – Úlceras
7 – Saraiva (granizo e fogo)
8 – Gafanhotos
9 – Trevas
10 – Morte dos primogênitos

Diversas teorias explicam cientificamente como tudo teria acontecido. Duas em principal conforme abaixo:
Grande seca no delta do Nilo:
Uma delas, defendida pelo físico britânico Colin Humphreys, professor da Universidade de Cambridge, no livro Milagres do Êxodo, de 2003, é de que uma grande seca foi a responsável pela alteração da água do rio Nilo e causou a série de eventos.”
1 – Para o biólogo Stephan Pflugmacher, professor da Universidade Técnica de Berlim, na Alemanha, a água “sanguínea” do Nilo pode ser explicada por uma proliferação de micro-organismos que tingiram o rio e tornaram a água imprópria para o uso.
2 – Com a falta de oxigênio na água os sapos fugiram do rio e migraram para a terra. Outros animais, como os peixes – que não conseguem pular – não tiveram o mesmo fim e morreram no Nilo.

Erupção do vulcão Thera:
“A outra, desenvolvida por cientistas como o biólogo canadense Siro Trevisanato, que escreveu o livro As pragas do Egito, em 2005, explica que uma gigantesca erupção no vulcão Thera, que fazia parte das ilhas Santorini, atualmente parte da Grécia, causou as maldições em sequência há cerca de 3.500 anos.
Essa hipótese, retratada no documentário Êxodo Decodificado (The Exodus Decoded, em inglês), produzido pro James Cameron em 2010, indica que terremotos que aconteceram há 3 500 anos, em decorrência da erupção do vulcão Thera, na ilha de Santorini, região grega localizada a 700 quilômetros do Egito, foram os responsáveis pela transformação da água.
1 – O líquido do fundo do rio possui grande concentração de ferro dissolvido. Quando ele se mistura com o gás liberado pelos tremores, o contato com o oxigênio forma o hidróxido ferroso, mais conhecido como ferrugem – que possui tonalidade avermelhada.
2 – o gás liberado pelas fendas da terra deixa a água sem oxigênio, obrigando as rãs a fugirem para a terra.

(3) a seca é o clima ideal para a multiplicação de ovos de piolhos. O parasita era muito comum no Egito da Antiguidade e várias pessoas raspavam a cabeça para evitá-lo. Além disso, devido à falta de água limpa, já que a do Nilo estava imprópria para o consumo, a higiene foi prejudicada – cenário propício para a reprodução dos bichos.
(4) a falta de água limpa atraiu as moscas por dois motivos: falta de higiene e morte dos animais do ecossistema do Nilo.
(5) A proliferação de moscas e piolhos, que se iniciou com a falta de água limpa e pela morte das rãs – predadores naturais desses insetos – foi a responsável por essa peste. Esses insetos podem carregar vírus e, ao picar os animais, provocam doenças que podem terminar em morte. Para o físico Colin Humphreys, um dos principais insetos que causou a morte dos bichos foi a mosca-de-estábulo, que transmite vírus fatais para cavalos e vacas.
(6) A teoria vulcânica, apresentada no documentário Êxodo Decodificado, discorda dessa hipótese e propõe outra: a erupção do vulcão de Santorini liberou muito dióxido de carbono e, por causa desse gás, os habitantes do Egito ganharam bolhas, que resultaram em feridas.
(7) A tese defendida pela física Nadine von Blohm, do Instituto de Física Atmosférica da Alemanha, aponta para uma chuva de pedras vulcânicas após a erupção do vulcão de Santorini. Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, em 2010, ela afirmou que quando uma nuvem de cinzas percorre grandes distâncias, surge umidade na atmosfera. Além disso, também há bastante vapor de água na nuvem em si. Neste caso, os pequenos fragmentos de cinzas e cristais teriam formado um núcleo, similar ao granizo, causando a impressão de uma chuva que mistura água, pedras e fogo.

(8) De acordo com o livro Os Milagres do Êxodo, gafanhotos só invadiram o Egito porque ficaram perturbados com as alterações climáticas – chuva de granizo ou a erupção do vulcão provocou alterações no comportamento dos insetos que se agruparam em grandes nuvens. Outra explicação é o tempo frio e o solo úmido da sétima praga, cenários propícios para o depósito dos ovos dos gafanhotos. Quando eles eclodiram, veio a oitava praga.

(9) Uma densa tempestade de areia chamada khamsin, comum até hoje no deserto, pode ter sido a responsável pelo evento. A hipótese vulcânica, apresentada no documentário Êxodo Decodificado, afirma que as cinzas da erupção do vulcão de quase 40 quilômetros de altura e 200 quilômetros de largura tampou o sol e, assim, fez com que o Egito ficasse na escuridão. Esse pó vulcânico também deu a impressão de que "o escuro era palpável".

(10) Uma das razões para a última praga é cultural – por ter o privilégio de se alimentarem primeiro e quando não há alimento para todos, os filhos mais velhos ingeriram a comida que estava contaminada pelas fezes dos gafanhotos, depositadas nas lavouras. Intoxicados, foram dormir e não acordaram mais. Segundo a hipótese vulcânica, os primogênitos morreram devido ao vazamento de dióxido de carbono, altamente tóxico para os humanos, liberado com a erupção. Dormir em camas era mais uma das regalias dos primogênitos egípcios. Enquanto isso, os mais novos dormiam em carroças e telhados. Por estarem mais próximos do chão, os herdeiros mais velhos inalaram durante o sono o gás que se desloca junto ao solo e morreram intoxicados.

Nenhuma destas pragas atingiu o povo de Israel, e para isso não consegui encontrar nenhuma explicação cientifica...

E conta a bíblia que a primeira Páscoa foi instituída para celebrar este dia, quando os filhos de Israel foram protegidos desta última praga. Por sete dias, do dia 14 ao 21 do mês comeriam pães asmos (sem fermento), lembrando do dia em que saíram da terra do Egito. Aquele mês seria o primeiro dos meses do ano.

“Os israelitas marcham rumo ao deserto além do qual acena a Terra da Promissão, família por família, clã por clã, com seus rebanhos e suas posses. Depois de alguns dias chegam à beira do que a Bíblia chama o “Mar dos Juncos”, provavelmente um braço do Mar Vermelho, na região do Delta do Nilo. É onde os alcança o exército do faraó, despachado para fazer os fugitivos voltarem à força. É uma provação dolorosa para Moisés, quando seu povo, perseguido pelas forças egípcias, clama: “melhor teria sido servir aos egípcios do que morrer aqui””.
Uma história do povo judeu, Hans Borger


Fonte: http://palavraeteologia.blogspot.com.br/2011/06/rota-do-exodo.html

Novamente a ciência busca explicar os feitos bíblicos:

“De acordo com pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos e da Universidade do Colorado, o movimento do vento descrito na Bíblia pode ter, de fato, afastado as águas sem quebrar nenhuma lei da física. De acordo com o estudo de Carl Drews e Weiqing Han, publicado em agosto de 2010 na revista científica Plos One, ventos fortes vindos do Leste, soprando durante toda a madrugada, teriam empurrado a água fazendo surgir uma passagem, permitindo que as pessoas atravessassem o local com segurança.
Revista Veja

Estando no deserto, as dificuldades surgiam. Falta de água, falta de comida. Deus ia suprindo cada necessidade daquele povo.

“Depois fez Moisés partir os Israelitas do Mar Vermelho, e saíram ao deserto de Sur, e andaram três dias no deserto, e não acharam águas.
Então chegaram a Mara; mas não puderam beber as águas de Mara, porque eram amargas; por isso, chamou-se o seu nome de Mara.
E o povo murmurou contra Moisés, dizendo: O que havemos de beber?
E ele clamou ao Senhor, e o Senhor mostrou-lhe um lenho, que lançou nas águas, e as águas se tornaram doces: ali lhes deu estatutos e uma ordenação e ali os provou.(...)
E os filhos de Israel di: Quem dera que nós morrêssemos por mao do Senhor na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas da carne, quando comíamos pão até fartar! Porque nos tendes tirado para este deserto, para matardes de fome a toda esta multidão.
Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá cada dia a porção para cada dia, para que eu veja se anda em minha lei ou não.(...)
E o Senhor falou a Moisés, dizendo:
Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel; fala-lhes, dizendo: Entre as duas tardes, comereis carne, e pela manhã, vos fartareis de pão; e sabereis que sou o Senhor, vosso Deus.
E aconteceu que, à tarde subira, codornizes, e cobriram o arraial; e, pela manhã, jazia o orvalho ao redor do arraial.
E alcançando-se o orvalho caído, eis que sobre a face do deserto estava uma coisa miúda, redonda, miúda como a geada sobre a terra.
E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes, pois, Moisés: Este é o pão que o Senhor vos deu para comer.”
Biblia Sagrada, Exodo 15:22-27; 16:3-15

Hipotese cientifica (Revista Super interessante): Árvores do gênero dos tamariscos, que ainda hoje ocorrem na região da Arábia Saudita, produzem uma seiva doce que serve de alimento para alguns tipos de insetos. O pão que os judeus chamam de maná seriam gotículas de secreção produzidas por insetos que se alimentam da seiva, que caem como pequenos flocos cristalizados, semelhantes aos descritos no Êxodo. Rica em carboidratos, a seiva dos tamariscos fazia do maná uma fonte de energia essencial para uma multidão que caminhava dia e noite no deserto.
Na Biblia, Exodo 19:1, temos que “ao terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai”.

“Na lei moisaica, há duas partes distintas: a Lei de Deus, promulgada no monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, decretada por Moisés. Uma é invariável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.”

A lei de Deus Moisés ouviu quando subiu ao monte Sinai neste terceiro mês:

“Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:
Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.
Não terás outros deuses diante de mim.
Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.[1]
E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.
Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
Lembra-te do dia do sábado, para o santificar.
Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.
Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.
Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.
Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá.
Não matarás.
Não adulterarás.
Não furtarás.
Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.
E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe.
E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos.
E disse Moisés ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis.
E o povo estava em pé de longe. Moisés, porém, se chegou à escuridão, onde Deus estava.
Então disse o Senhor a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: Vós tendes visto que, dos céus, eu falei convosco.
Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata ou deuses de ouro não fareis para vós.
Um altar de terra me farás, e sobre ele sacrificarás os teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas, e as tuas vacas; em todo o lugar, onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei a ti e te abençoarei.
E se me fizeres um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; se sobre ele levantares o teu buril, profaná-lo-ás.
Também não subirás ao meu altar por degraus, para que a tua nudez não seja descoberta diante deles.
Biblia Sagrada, Exodo 20:1-26


“É de todos os tempos e de todos os países essa lei e tem, por isso mesmo, caráter divino. Todas as outras são leis que Moisés decretou, obrigado que se via a conter, pelo temor, um povo de seu natural turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele de combater arraigados abusos e preconceitos, adquiridos durante a escravidão do Egito. Para imprimir autoridade às suas leis, houve de lhes atribuir origem divina, conforme o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem precisava apoiar-se na autoridade de Deus; mas só a ideia de um Deus terrível podia impressionar criaturas ignorantes, nas quais ainda pouco desenvolvidos se encontravam o senso moral e o sentimento de uma justiça reta”.
O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec.

Além dos Dez Mandamentos, Moisés instituiu outros estatutos, que conforme a passagem do Evangelho acima, serviam para apaziguar os conflitos dos homens daquele tempo (Ver Exodo 21-23:1-19 e Levítico, Numeros, Deuteronomio).

“Pode, pois, haver revelações sérias e verdadeiras como as há apócrifas e mentirosas. O caráter essencial da revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou sujeita a modificação não pode emanar de Deus. É assim que a Lei do Decálogo tem todos os caracteres de sua origem, enquanto as outras leis moisaicas, fundamentalmente transitórias, muitas vezes em contradição com a lei do Sinai, são obra pessoal e política do legislador hebreu. Com o abrandarem-se os costumes do povo, essas leis por si mesmas caíram em desuso, ao passo que o Decálogo ficou sempre de pé, como farol da humanidade.”
A Gênese, Allan Kardec

“A este Moisés, ao qual haviam negado, dizendo: Quem te constituiu príncipe e juiz? a este enviou Deus como príncipe e libertador, pela mão do anjo que lhe aparecera na sarça.
Foi este que os conduziu para fora, fazendo prodígios e sinais na terra do Egito, e no Mar Vermelho, e no deserto, por quarenta anos.
Este é aquele Moisés que disse aos filhos de Israel: O Senhor vosso Deus vos levantará dentre vossos irmãos um profeta como eu; a ele ouvireis.
Este é o que esteve entre a congregação no deserto, com o anjo que lhe falava no monte Sinai, e com nossos pais, o qual recebeu as palavras de vida para no-las dar.
Ao qual nossos pais não quiseram obedecer, antes o rejeitaram e em seu coração se tornaram ao Egito,”

Biblia Sagrada,
Atos 7:35-39

“Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus único, Soberano Senhor e Criador de todas as coisas; promulgou a lei do Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador do povo pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a Terra”.
A Gênese, Allan Kardec


“Deus é único, e Moisés o Espírito que Deus enviou com a missão de fazê-lo conhecer, não somente pelos hebreus, mas também pelos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que Deus se serviu para fazer sua revelação, através de Moisés e dos profetas, e as vicissitudes da vida desse povo foram feitas para chocar os homens e arrancar-lhes dos olhos o véu que lhes ocultava a divindade. Os mandamentos de Deus, dados por Moisés, trazem o gérmen da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia reduziam-lhes o sentido, porque, postos em ação em toda a sua pureza, não seriam então compreendido. Mas os dez mandamentos de Deus nem por isso deixaram de ser o brilhante frontispício da obra, como um farol que devia iluminar para a Humanidade o caminho a percorrer. A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos chamados à regeneração. E esses povos, semisselvagens quanto ao aperfeiçoamento espiritual, não teriam compreendido a adoração de Deus sem os holocaustos ou sacrifícios, nem que se pudesse perdoar a um inimigo. Sua inteligência, notável no tocante às coisas materiais, e mesmo em relação às Artes e às Ciências,  estava muito atrasada em moralidade e eles não se submeteriam ao domínio de uma religião inteiramente espiritual. Necessitavam de uma representação semimaterial, como a que então lhes oferecia a religião hebraica. Os sacrifícios, pois, lhes falavam aos sentidos, enquanto a ideia de Deus lhes falava ao espírito”.

Um Espírito Israelita, Mulhouse, 1861, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec

“Pois o Senhor teu Deus te abençoou em toda a obra das tuas mãos; ele sabe que andas por este grande deserto; estes quarenta anos o Senhor teu Deus esteve contigo, coisa nenhuma te faltou.
Biblia Sagrada, Deuteronômio 2:7

“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.
Biblia Sagrada, Deuteronômio 8:2

Entendemos assim que aqueles 40 anos passados no deserto serviram para que o povo mudasse seus costumes, fortalecesse espiritualmente e desenvolvesse a fé naquele Deus que tudo proveu e provem sempre.

“A lei mosaica foi a precursora direta do Evangelho de Jesus. O protegido de Termutis, depois de se beneficiar com a cultura que o Egito lhe podia prodigalizar, foi inspirado a reunir todos os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar da Religião da Justiça e do Direito, se bem que as doutrinas antigas já tivessem arraigado a crença de Deus único, sendo o politeísmo apenas uma questão simbológica, apta a satisfazer à mentalidade geral. A legislação de Moisés está cheia de lendas e de crueldades compatíveis com a época, mas, escoimada de todos os comentários fabulosos a seu respeito, a sua figura é, de fato, a de um homem extraordinário, revestido dos mais elevados poderes espirituais. Foi o primeiro a tornar acessíveis às massas populares os ensinamentos somente conseguidos à custa de longa e penosa iniciação, com a síntese luminosa de grandes verdades.”
Emmanuel. Chico Xavier

Bíblia Sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida.
Borger, Hans. Uma história do povo judeu. Vol 1 – de Canaã à Espanha. 1ª Ed, São Paulo:  Ed. Sêfer, 1999.

Harrington, Wifrid John. Chave para a Bíblia: a revelação: a promessa: a realização. 1a Ed, São Paulo. Ed. Paulinas, 1985
http://palavraeteologia.blogspot.com.br/2011/06/rota-do-exodo.html. Pesquisa feita em  Outubro/2017
http://veja.abril.com.br/ciencia/a-divisao-do-mar-vermelho-pode-ser-explicada-pela-ciencia/. Pesquisa feita em Outubro/2017
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Brasilia, FEB, 2013. 131ª Edicao.
Kardec, Allan. A Gênese. Tradução de Victor Tollendal Pacheco e apresentação e notas de J. Herculano Pires. 23 ed. São Paulo, Lake, 2010.
Xavier, Francisco Candido. Emmanuel. Brasilia, FEB, 1938. 15ª Edicao
https://www.youtube.com/watch?v=9U4to2sFTMM. The Bible Unearthed 2 pitom Ramsés. Acesso em Setembro/2017
https://ccyeshuaemportugues.wordpress.com/2015/04/22/moises-foge-do-egito-para-midia-exodo-2/. Pesquisa feita em Setembro/17.
http://veja.abril.com.br/ciencia/a-verdade-sobre-as-10-pragas-do-egito/. Pesquisa feita em Outubro/2017
https://super.abril.com.br/historia/milagres-naturais/. Pesquisa feita em Outubro/2017

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Atualizado em 21/10/2018




[1] No Evangelho Segundo o Espiritismo temos a Nota do Editor (1947): Allan Kardec cita a parte mais importante do primeiro mandamento, e deixa de transcrever as seguintes frases: “...porque eu, o Senhor vosso Deus, sou Deus zeloso, que puno a iniquidade dos pais nos filhos, na terceira e na quarta gerações daqueles que me aborrecem, e uso de misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” (Êxodo, 20:5 e 6.) Nas traduções feitas pelas Igrejas católica e protestante, essa parte do mandamento foi truncada para harmonizá-la com a doutrina da encarnação única da alma. Onde está “na terceira e na quarta gerações”, conforme a tradução Brasileira da Bíblia, a Vulgata Latina (in tertiam et quartam generationem), a tradução de Zamenhof (en la tria kaj kvara generacioj), mudaram o texto para “até a terceira e quarta gerações”. Esses textos truncados que aparecem na tradução da Igreja Anglicana, na Católica de Figueiredo, na Protestante de Almeida e outras, tornam monstruosa a Justiça divina, pois que filhos, netos, bisnetos, tetranetos inocentes teriam de ser castigados pelo pecado dos pais, avós, bisavós, tetravós. Foi uma infeliz tentativa de acomodação da Lei à vida única. O texto certo que, por mercê de Deus, já está reproduzido pelas edições recentíssimas a que nos referimos — traduções Brasileira e de Zamenhof —, que conferem com São Jerônimo, mostra que a Lei ensina veladamente a reencarnação e as expiações e provas. Na primeira e na segunda gerações, como contemporâneos de seus filhos e netos, o Espírito culpado ainda não reencarnou, mas um pouco mais tarde — na terceira e quarta gerações — já ele voltou e recebe as consequências de suas faltas. Assim, o culpado mesmo, e não outrem, paga sua dívida. Logo, tem-se de excluir a 1a e 2a gerações e expressar “na” 3a e 4a , como realmente é o original. Achamos conveniente acrescentar aqui esta nota, para facilitar a compreensão do estudioso que confronte a sua tradução da Bíblia com a citação do Mestre

domingo, 24 de setembro de 2017

07. A) Terceira Sub-Raça – Raça Ário-Semita. Árabes e mouros atuais. Povo de Israel

Abaixo temos a descricao desta sub-raça até a morte de José, o conhecido governador do Egito na época de 1600 a.C. Em outro link continuaremos a partir de Moisés.

Conforme explicado por Antonio Gasparetto Junior:
“Semita é o termo que designa um conjunto linguístico composto por vários povos. A origem da palavra Semita está na Bíblia, mais precisamente no livro do Gênesis quando se trata da história de Noé. Nas escrituras judaicas, um dos filhos de Noé era chamado Sem, o que é uma versão grega para o nome hebraico Shem. A derivação do nome de tal filho de Noé, Semita, passou a identificar um conjunto de povos que possuem traços culturais comuns.

Vejam que estamos falando de Noé novamente. Cabe aqui estruturarmos conforme a Biblia a descendência de Adao para melhor visualizarmos o inicio da civilização judaica:


E na Biblia Sagrada temos:

“1. Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cão e Jafé; e nasceram-lhes filhos depois do dilúvio.
2. Os filhos de Jafé são: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras.
3. E os filhos de Gomer são: Asquenaz, Rifate e Togarma.
4. E os filhos de Javã são: Elisá, Társis, Quitim e Dodanim.
5. Por estes foram repartidas as ilhas dos gentios[1] nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações.
6. E os filhos de Cão são: Cusf, Mizraim, Pute e Canaã.
7. E os filhos de Cusf são: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; e os filhos de Raamá: Sebá e Dedã.
8. E Cusf gerou a Ninrode; este começou a ser poderoso na terra.
9. E este foi poderoso caçador diante da face do Senhor; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor.
10. E o princípio do seu reino foi Babel, Ereque, Acade e Calné, na terra de Sinar.”
Biblia Sagrada, Gênesis 10:1-10


Fonte:https://blogaultimatrombeta.wordpress.com/2015/08/31/daniel-e-a-babilonia-um-estudo-para-o-tempo-do-fim/

“11. Desta mesma terra saiu à Assíria e edificou a Nínive, Reobote-Ir, Calá,
12.E Resen, entre Nínive e Calá (esta é a grande cidade).”
Biblia Sagrada, Gênesis 10:11-12


Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/3197414/

“13. E Mizraim[2] gerou a Ludim, a Anamim, a Leabim, a Naftuim,
14. A Patrusim e a Casluim (donde saíram os filisteus) e a Caftorim.”
Biblia Sagrada, Gênesis 10:13-14


Fonte: Wikipedia

Apesar de a Biblia mencionar que os filisteus se originaram de Casluim, a teoria mais aceita cientificamente baseia-se na hipótese de que se tratava de um grupo indo-europeu que conviveu durante séculos com os povos semitas da região conhecida como Palestina.
Conforme achado no Wikipedia, a primeira notícia que se tem sobre os filisteus surge de relatos egípcios sobre os "Povos do Mar", isto é, levas de migrantes que vieram por mar para o atual Egito. As crônicas egípcias registram que, entre estes povos, encontravam-se os filisteus (peleset[3]), mas havia ainda outros.
Esses "povos do mar", após várias batalhas marítimas, foram derrotados pelos egípcios sob o comando de Ramsés III. Por fim, foram obrigados a buscar terras mais a leste na região costeira onde era Canaã. Lá, fundaram cinco cidades: Asdode, Ascalão, Ecrom, Gaza e, a maior delas, Gate.

Canaã é o cenário da parte inicial da história de Israel. Ao norte, o país faceia montanhas cobertas por neve no inverno; ao sul, deserto causticante, que se estende sob um sol implacável até o Mar Vermelho; a oeste, as ondas e a brisa do Mediterrâneo; a leste, o Rio Jordão, antes uma minúscula barreira frente a outro deserto do que potente meio de comunicação como o são os rios navegáveis. Ele nasce no Lago de Tiberíades, antigamente chamado Mar da Galiléia, e desemboca no Mar Morto, 400 metros abaixo do nível do mar, ponto mais baixo do planeta Terra. Do Mediterrâneo ao Jordão são aproximadamente 80 quilômetros (São Paulo-Santos), e uns 450 quilometros vão do sul ao norte (São Paulo-Rio). No meio, morros aprazíveis e vales verdejantes, desde que a chuva ajude e os habitantes não negligenciem o trabalho”.
O país é habitado desde tempos pré-históricos. Perto do Lago de Tiberíades e em cavernas próximas a Haifa, arqueólogos encontraram fragmentos de crânios datados da Era Paleolítica (15.000 a.C). Mas a cortina da História propriamente só se abre sobre Canaã por volta do terceiro milênio. A partir daí, as superpotências da época brigam pelo domínio sobre a pequena faixa de terra.”
Uma história do povo judeu, Hans Borger

Durante o período em que viveram nesta região, conhecida como a Pentápolis Filisteia, quase sempre estiveram em guerra com seus inimigos hebreus; dos quais, aliás, são oriundas a maioria das informações sobre aquele povo.
Pesquisas atuais revelam o elevado grau de sofisticação na produção de artefatos de metal e de outros materiais deste povo. Graças a seu avançado estágio de trabalho em metalurgia, quase sempre quando os Filisteus iam a guerra contra os Hebreus, seus exércitos eram vitoriosos.
Esse povo, sendo de origem indo-europeia, possuía uma cultura e costumes bem diversos dos demais povos da região. Os hebreus, em particular, os achavam "bárbaros incivilizados". O costume filisteu de comer porcos e de não realizar a circuncisão, por exemplo, em muito deve ter contribuído para as opiniões negativas.

“Na Palestina, o início do terceiro milênio era um tempo de grande desenvolvimento urbano e as cidades, embora pequenas, eram bem construídas e bem fortificadas, como demonstram as escavações feitas em Jericó, Meguido e alhures. A população era predominantemente cananéia (um povo semita). É provável que a religião Cananéia já estivesse estabelecida como nós a conhecemos da Bíblia e dos textos de Ras Shamra[4] do século XIV. Não existem inscrições palestinenses desse milênio (...).
Politicamente, Canaã era uma colcha de retalhos de pequenas cidades-estado sem uma autoridade central. Durante o período da dominação egípcia, estas cidades eram vassalas do Egito; quando afrouxou o controle egípcio, elas ficaram à mercê dos invasores. Culturalmente, os cananeus eram avançados; mais notável é o desenvolvimento da escrita entre eles. Pelo fim do terceiro milênio, tinha sido desenvolvida em Biblos uma ortografia silábica e foram também os cananeus que inventaram o alfabeto linear que é o antepassado do nosso. (...)
A religião cananéia era essencialmente um culto da fertilidade. O cabeça do panteão cananeu era El, mas a principal divindade em atividade era Baal (Senhor). As divindades femininas, variadamente chamadas de Asherah, Astarte, Anat, representavam o princípio feminino no culto da fertilidade. Elementos centrais no mito cananeu eram a morte e resurreição de Baal, correspondentes à morte e ressurreição anuais da natureza.”
Chave para a Bíblia, Wilfrid John Harrington

15.E Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete;
16.E ao jebuseu, ao amorreu, ao girgaseu,
17. E ao heveu, ao arqueu, ao sineu
18.E ao arvadeu, ao zemareu, e ao hamateu, e depois se espalharam as famílias dos cananeus[5].”
Biblia Sagrada, Gênesis 10:15-18

Jebuseu -> tribo cananeia que viviam em Jerusalém (cidade que haviam fundado) antes da sua ocupação pelo rei Davi em 1003 a.C.


“E partiu Davi e todo o Israel para Jerusalém, que é Jebus; porque ali estavam os jebuseus, habitantes da terra.
E disseram os habitantes de Jebus a Davi: Tu não entrarás aqui. Porém Davi ganhou a fortaleza de Sião, que é a cidade de Davi.”


Biblia Sagrada,
1 Crônicas 11:4,5

Amorreu -> Habitantes das montanhas, serranos. No espaço que decorreu entre a ida de Jacó para o Egito e o Êxodo eles tinham-se separado dos cananeus, estabelecendo-se fortemente em Jerusalém, Hebrom, e outros lugares importantes ao sul da Palestina.
Mais tarde, encontramos os cinco chefes ou reis dos amorreus disputando a Josué o território ao ocidente do rio Jordão. O povo amorreu mostrou sempre ser gente audaciosa, revelando caráter de guerreiros montanheses.
Girgaseu-> viveram ao leste do rio Jordão e do mar da Galileia, e foram uma das tribos cananitas na terra de Canaã, que, posteriormente viria se tornar o reino de Israel, com Josué liderando os israelitas. Segundo estudos de Harold Hemenway, os girgaseus foram dispersos da Palestina e dessa forma moveram para a África, mais especificamente em Cartago[6] (fundada pelos fenícios), onde encontram-se frequentes nomes pessoais como "Grgshy," "Grgsh," e "Grgshm" nos textos púnicos, que não escreviam as vogais.

Outro grupo de girgaseus deve ter se tornado os gargarianos que migraram para a região do Cáucaso[7] (segundo Estrabão) e então nomearam a Geórgia.




Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cáucaso

Heveu-> Gênesis 34 descreve os heveus como os governantes da região de Siquém.
Arqueu -> inicialmente habitaram nos arredores do Monte Líbano. Eles foram associados com os fenícios (descendentes de Sidom) e formaram parte das primeiras gerações fenícias.
Sineu -> Acredita-se que os sineus fossem originários de Zim, uma cidade da costa ao norte da Fenícia. Os sineus não foram uma das tribos cananitas avistadas por Josué, com ordem divina para destruição.
Arvadeu -> Membro da família descendente de Cã e que evidentemente habitou Arvade, uma ilha ao largo da costa setentrional da Síria. A única outra menção deles ocorre na referência de Ezequiel a arvadeus como exímios marujos e valentes soldados para Tiro.
Zemareu -> os zemareus se estabeleceram ao longo da costa no norte da Fenícia. Segundo uma emenda, Ezequiel 27:8 menciona “homens experientes [os mais hábeis; os sábios] de Semer”, que alguns sugerem ser a cidade dos zemareus e provisoriamente identificam com Tell Kazel, a uns 35 km ao nordeste de Trípoli. Todavia, o texto hebraico reza aqui: “Teus sábios [peritos], ó Tiro.” Indicando uma localização diferente, outros relacionam os zemareus com Sumra, uma cidade litorânea entre Trípoli e Arvade.
Hamateu -> Os descendentes de Hamate foram conhecidos como "hamateus", ou ainda, "hamatitas" e habitaram a antiga cidade de Hamate, atual cidade de Hama, na Síria.


Fonte: http://www.weather-forecast.com/locations/Tripoli

“E foi o termo dos cananeus desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza; indo para Sodoma e Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa.”
Biblia Sagrada, Gênesis 10:19




Fonte: https://jesusreigns.files.wordpress.com/2009/07/canaan-in-old-testament-times.jpg

“20.Estes são os filhos de Cão segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.
21. E a Sem nasceram filhos, e ele é o pai de todos os filhos de Éber, o irmão mais velho de Jafé.
22. Os filhos de Sem são: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arã.
23. E os filhos de Arã são: Uz, Hul, Geter e Más.
24. E Arfaxade gerou a Selá; e Selá gerou a Éber.
25. E a Éber nasceram dois filhos: o nome de um foi Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra, e o nome do seu irmão foi Joctã.
26. E Joctã gerou a Almodá, a Selefe, a Hazarmavé, a Jerá,
27. A Hadorão, a Usal, a Dicla,
28. A Obal, a Abimael, a Sebá,
29. A Ofir, a Havilá e a Jobabe; todos estes foram filhos de Joctã.
30. E foi a sua habitação desde Messa, indo para Sefar, montanha do oriente.
31. Estes são os filhos de Sem segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, nas suas terras, segundo as suas nações.
32.Estas são as famílias dos filhos de Noé segundo as suas gerações, nas suas nações; e destes foram divididas as nações na terra depois do dilúvio.”
Biblia Sagrada, Gênesis 10:20-32


Fonte: http://tempocomapalavra.blogspot.com.br/2013/08/genesis-10.html

TORRE DE BABEL

“E era toda a terra duma mesma língua e duma mesma fala.
E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal.
E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.  Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.
Bíblia Sagrada, Gênesis 11:1-9

Gasparetto nos explica que “a torre teria sido construída pelos descendentes de Noé na época em que o mundo inteiro falava apenas uma língua. Supostamente, a localização da Torre de Babel seria entre os rios Tigre e Eufrates, na Mesopotâmia. A soberba dos homens em se empenharem na empreitada de alcançar o mundo dos deuses teria causado a fúria de Deus, que, em forma de castigo, teria causado uma grande ventania para derrubar a torre e espalhado as pessoas sobre a Terra com idiomas diferentes, para confundi-las. Por esse motivo, o mito é entendido hoje como uma tentativa dos antepassados de se explicar a existência de tantas línguas no mundo. (Na bíblia nada é dito sobre Deus ter destruído a torre com um grande vento, tal idéia é proveniente de relatos no Livro dos Jubileus, em Cornelius Alezandre, Abydenus, Flávio Josefo e Oráculos Silibinos.)
No entanto, há vários estudos que tentam provar de alguma forma a existência de tal torre. O mito provavelmente é inspirado na torre do templo de Marduk, que em hebraico é Babel e significa “porta de Deus”. No sul da Mesopotâmia há realmente restos de torres que fazem alusão à Torre de Babel da bíblia.
Babel era a capital do Império Babilônico, foi muito rica e poderosa, pois representava um centro político, militar, cultural e econômico do mundo antigo, recebendo imigrantes de todas as partes. Grande parte dos arqueólogos faz a conexão da Torre de Babel com a queda do templo-torre de Etemananki, na Babilônia, que mais tarde seria reconstruído por Nabopolosar e Nabucodonosor II. Esta seria uma construção piramidal escalonada que integraria a construção de grandes torres-templo na Suméria, chamadas de zigurates.
Os zigurates representam as maiores construções religiosas construídas, funcionavam como portões para a vinda de deuses à Terra. Essa crença esteve presente em muitas civilizações desde os primórdios da história.”

POVO CANANEU

“No fim do terceiro milênio, a Palestina sofreu o impacto da invasão de povos seminômades, durante a qual a maioria das cidades cananéias foram destruídas; o século XX foi o período de maior confusão. Embora os recém-chegados se estabelecessem na Palestina, o país não foi totalmente ocupado, enquanto, no sul da Transjordânia, a ocupação sedentária cessou completamente. Os recém-chegados eram parte de um povo semita chamado de amoritas.
(...) Pelo século XVIII, quase todo o Estado na Mesopotâmia era governado por reis amoritas. Eles tinham adotado a cultura suméria e acadiana e escreviam em acádico. Até a metade daquele século, havia rivalidade entre as cidades-estado da Baixa Mesopotâmia: Isin, Larsa, Mari, Babilônia e Elã.”
Chave para a Bíblia, Wifrid John Harrington




Fonte:http://betoabram.blogspot.com.br/2015/08/diga-cisjordania-e-pense-no-oriente.html

POVOS SEMITAS

Continuando a explicacao de Gasparetto sobre os semitas, temos que eles “tiveram origem no Oriente Médio, onde ocuparam vastas regiões indo do Mar Vermelho até o planalto iraniano. São povos típicos de ambientes com clima seco, o que os caracteriza pelas práticas do pastoreio e do nomadismo. Esses antigos povos identificados pela fala semítica envolve os arameus, assírios, babilônios, sírios, hebreus, fenícios e caldeus.”


a)    arameus – Na Wikipedia temos que para alguns historiadores, o termo arameu refere-se aos descendentes semitas de Arã, filho de Sem, que podiam ser encontrados na região da Mesopotâmia e que falavam o próprio idioma - o aramaico. Segundo o ponto de vista bíblico, o nome de Uz, um dos quatro filhos de Arã, seria aplicado à área do deserto da Arábia, ao lado da Terra Prometida, chegando aos limites do estreito de Edem.

“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e este era homem sincero, reto e temente a Deus, e desviava-se do mal.”
Biblia Sagrada, Jó 01:01

Fonte: http://cursodeteologiaibc10.blogspot.com.br/2011/05/enciclopedia-geral-ibc.html

“10. No Éden nascia um rio que irrigava o jardim, e depois se dividia em quatro.
11. O nome do primeiro é Pisom. Ele percorre toda a terra de Havilá, onde existe ouro.
12. O ouro daquela terra é excelente; lá também existem o bdélio e a pedra de ônix.
13. O segundo, que percorre toda a terra de Cuxe, é o Giom.
14. O terceiro, que corre pelo lado leste da Assíria, é o Tigre. E o quar­to rio é o Eufrates.
15. O Senhor Deus colocou o homem no jardim do Éden para cuidar dele e cultivá-lo.”
Biblia Sagrada, Genesis 02:10-15

Fonte: LIÇÃO 4 - A QUEDA DA RAÇA HUMANA, Prof. Lucas Neto

Os arameus, estabelecidos também em muitos outros pontos da Ásia, apoderaram-se do norte da Síria; e a região que ocupavam, compreendia duas partes: a Arameía do norte, cuja principal cidade era Carquemis a Arameía do Sul, que tinha por centro Damasco. Carquemis era a estação predileta dos comerciantes, e tornou-se importante pra época. Dizemos que nela está um número notável de cidades com grande significação, isto é, as mais ricas cidades da Síria.


Fonte: https://atlasdelabiblia.wordpress.com/babilonia/

“Foram tribos nômades da antiguidade que se estabeleceram na fértil região da Mesopotâmia, os arameus exerceram ali importante papel político, e sua língua, o aramaico, difundiu-se por vastos territórios, sendo adotada por outros povos. Os arameus compunham um conjunto de tribos nômades que, entre os séculos XI e VIII a.C., partiu de um oásis no deserto sírio e instalou-se em Aram, uma extensa região na Síria setentrional. No mesmo período, algumas dessas tribos dominaram grandes áreas da Mesopotâmia. A primeira referência a eles ocorreu em inscrições do rei assírio Tiglate Pileser I, no século XI a.C., que afirmava tê-los combatido em 28 campanhas. No final desse século os arameus fundaram o estado de Bit Adini nos dois lados do rio Eufrates, abaixo da cidade de Carquemish, e ocuparam áreas na Anatólia, na Síria setentrional e na região do Antilíbano, inclusive Damasco. Por volta de 1030 a.C., uma coalizão de arameus da Mesopotâmia atacou Israel, mas foi derrotada pelo rei Davi. Além de ocupar a Síria, as tribos araméias estenderam-se ao longo do médio e baixo Eufrates, junto ao médio Tigre e, para leste, até a Babilônia, onde um usurpador arameu foi coroado rei. Por volta do século IX toda a área compreendida entre a Babilônia e a costa mediterrânea era dominada pelos membros dessas tribos, mencionados na Bíblia como caldeus, nome de uma delas. A Assíria, praticamente cercada pelos arameus, reagiu sob a liderança de Assurnasirpal II e conseguiu subjugar um dos reinos arameus a oeste.

Em 856 a.C. o rei assírio Salmanazar III anexou Bit Adini e, em 853, travou batalha contra os exércitos de Hamat, Aram, Fenícia e Israel. Embora a batalha terminasse sem vencedores, em 838 Salmanazar conseguiu anexar as regiões dominadas pelas tribos no médio Eufrates.

Durante um século prosseguiram as guerras intermitentes entre Israel e Damasco. Em 740 a.C. o assírio Tiglate Pileser III capturou Arpad, o centro da resistência araméia na Síria setentrional, derrotou Samaria em 734 e Damasco em 732. A destruição de Hamat pelo assírio Sargão II, em 720 a.C. pôs fim aos reinos arameus do oeste.

Os arameus instalados junto ao baixo Tigre conseguiram manter a independência por mais tempo. De cerca de 722 a 710 a.C., um caldeu, Merodach-Baladan, governou a Babilônia e resistiu aos ataques assírios. Na luta violenta que se seguiu à sua morte os assírios deportaram cerca de 210.000 arameus e, em 689 a.C., arrasaram a Babilônia. Os caldeus, porém, não se submeteram: reconstruíram a Babilônia e em breve a luta se reacendia. Em 626 a.C. um general caldeu, Nebopolassar, proclamou-se rei da Babilônia e uniu-se aos medas e citas para derrotar a Assíria. No novo império babilônico ou caldeu, os arameus, caldeus e babilônios mesclaram-se, tornando-se indistinguíveis.

Sua língua se espalhou para os povos vizinhos. Eles sobreviveram a queda de Ninive (612 aC) e a Babilônia (539 aC) e continuou a ser a língua oficial do império Persa (538-331 aC).
O aramaico, língua semítica falada pelos arameus, aproxima-se do hebraico e do fenício, mas apresenta semelhanças com o árabe. Adotava o alfabeto fenício e sua inscrição mais antiga foi encontrada em um altar do século X ou IX a.C. Na Síria descobriram-se muitas inscrições que datam dos séculos IX e VIII a.C., quando se empregava o aramaico para fins religiosos ou oficiais. Por volta do século VIII já existiam dialetos, mas uma forma geral, amplamente utilizada pelas pessoas instruídas, era aceita pelos próprios assírios quase como uma segunda língua oficial. As deportações em massa promovidas pelos assírios e o uso do aramaico como língua franca pelos mercadores babilônicos serviram para difundi-lo. No período neobabilônio, seu uso era geral na Mesopotâmia. Durante o império persa, do século VI ao século IV a.C., o "aramaico imperial" era oficialmente empregado do Egito à Índia.

Alguns livros do Velho Testamento, como os de Daniel e de Esdras, foram redigidos em aramaico. Na Palestina, essa continuou a ser a língua comum do povo, com o hebraico reservado a assuntos religiosos ou governamentais e usado pelas classes elevadas. O aramaico era a língua falada por Jesus e pelos apóstolos, e traduções em aramaico circulavam com a Bíblia hebraica.”
http://povosdaantiguidade.blogspot.com.br/2009/12/arameus.html

b)    assírios - As origens dos povos assírios estão associadas aos povos semitas que viviam na região do Cáucaso e que migraram para o planalto de Assur, na Alta Mesopotâmia. Os assírios estabeleceram-se nessa região, que hoje compreende o norte do atual Iraque, por volta do ano 2.400 a.C., período em que fundaram a cidade de Assur – em homenagem ao deus de mesmo nome —, formando um dos mais importantes impérios da Mesopotâmia.
“Mari e Assíria eram os rivais em luta na Alta Mesopotâmia. Finalmente, Mari emergiu como a cidade-estado dominante naquela região e, durante meio século (1750-1700 a.C.) permaneceu como um dos maiores poderes da época. (...) Seu povo era constituído de semitas do noroeste que tinham adotado a cultura acadiana e que falavam uma língua aparentada com aquela dos ancestrais de Israel.”
Chave para a Bíblia, Wifrid John Harrington

Entretanto, o império assírio só se ergueu efetivamente por volta de 1.300 a.C. e perdurou até 612 a.C., legando à história das civilizações que se desenvolveram no Oriente Médio várias características, como sua “máquina de guerra”.
A chamada “máquina de guerra” dos assírios compreendia a formação do provável primeiro exército organizado da História, isto é, um exército que devia sua eficiência à sua organização funcional, que se dava entre arqueiros, lanceiros, carros de combate e cavalaria. Foi através de seu exército que os assírios conseguiram submeter várias das civilizações da Mesopotâmia ao seu jugo.
Além da eficiência, o exército assírio é também lembrado pela extrema crueldade. A tortura, o empalamento, a decapitação, as amputações e o esfolamento faziam parte dos procedimentos comuns dos soldados assírios em relação aos seus adversários. Era através desse terror empreendido pelos métodos cruéis que os assírios impunham seu poder sobre os outros povos mesopotâmicos.
O rei mais importante dos assírios foi Assurbanipal, que governou de 668 a 626 a.C. Foi Assurbanipal que organizou a famosa biblioteca de Nínive, uma das principais cidades da Mesopotâmia, que chegou a contar com aproximadamente 22 mil plaquetas de argila. (Me. Cláudio Fernandes)

Na biblioteca real que Assurbanipal legou à posteridade, existem centenas de tábuas de argila glorificando suas conquistas. Descrevem em linguagem explícita o que o rei fazia com os povos subjugados: “Esfolei-os vivos e com suas peles revesti meus palácios, empalei-os em cima de estacas, cortei seus membros e dei-os de comer aos porcos e aos lobos, queimei-os vivos aos milhares e suas línguas arranquei deles vivos para maior alegria dos deuses. (...)
O repentino surto imperial da Assíria sob Tiglatpilezer III é um desses rompantes de força, desalmado e cruel, movido pela pura ânsia de conquista e o prazer de infligir dor.”

Uma história do povo judeu, Hans Borger


“Assuretililani (632-629 a.C.) teve um curto reinado e sucedeu-lhe Sinsariscun (629-612 a.C.). Em 626 a.C., o príncipe caldeu Nabopolassar tomou posse da Babilônia. Isso foi o começo do império Neo-Babilônico (...). Os assírios, sob Assurballit I (612 – 606 a.C.), fizeram uma última parada, em Haram, mas em 610 a.C. foram expulsos e o rei fugiu, com o remanescente de suas forças, para o ocidente do Eufrates.
Nesse ínterim, o Egito interveio. Psamético I achou que era prudente manter dois poderes rivais na Mesopotâmia e interveio ao lado da Assíria; algumas forças egípcias foram mandadas em 616 a.C. (...) Por volta de 606 a.C. o Imperio Assírio chegou definitivamente ao fim, e em 605 a.C., Nabucodonosor cruzou o rio e derrotou esmagadoramente os egícios em Carquemis; noticias da morte do seu pai impediram-no de explorar ao máximo seu sucesso”.


Chave para a Biblia, Wilfrid J Harrington

Fonte: http://seafoodnet.info/?k=Kingdoms+of+Iran++The+History+Files

c)    babilônios Por volta de 1900 a.C., um novo processo de invasão territorial dizimou a dominação dos sumérios e acádios na região mesopotâmica. Dessa vez, os amoritas, povo oriundo da região sul do deserto árabe, fundaram uma nova civilização que tinha a Babilônia como sua cidade principal. Somente no século XVIII o rei babilônico Hamurábi (1728-1686 a.C.) conseguiu pacificar a região e instituir o Primeiro Império Babilônico.
Sob o seu comando, a cidade da Babilônia se transformou em um dos mais prósperos e importantes centros urbanos de toda a Antiguidade. Tal importância pode até mesmo ser conferida na Bíblia, onde ocorre uma longa menção ao zigurate de Babel, construído em homenagem ao deus Marduk. De fato, são várias as construções, estátuas e obras que nos remetem aos tempos áureos desta civilização. Além de promover a unificação dos territórios mesopotâmicos, o rei Hamurábi também foi imprescindível na elaboração do mais antigo código de leis escrito do mundo. O chamado Código de Hamurábi era conhecido por seus vários artigos que tratavam de crimes domésticos, comerciais, o direito de herança, falsas acusações e preservação das propriedades.
A inspiração necessária para que esse conjunto de leis escritas fosse elaborado repousa na antiga Lei de Talião, que privilegia o princípio do “olho por olho, dente por dente”. Apesar desta influência, as distinções presentes na sociedade babilônica também eram levadas em consideração. Com isso, o rigor das punições dirigidas a um escravo não era o mesmo imposto a um comerciante.
O código de Hamurábi foi baseado numa longa tradição legal representada pelos códigos de Ur-nammu (terceira dinastia de Ur, 2060 -1950 a.C., o mais antigo código de leis que possuímos), Lipit-Ishtar (sumeriano, da cidade de Isin) e Eshunna (escrito em acadiano). Estes dois últimos revelam notáveis semelhanças com o Código da Aliança/Leis do Pentateuco (Ex 21-23). (fonte: Chave para a Bíblia, Wifrid John Harrington)
Mesmo promovendo tantas conquistas e construindo um Estado bastante organizado, os babilônicos não conseguiram resistir a uma onda de invasões que aconteceu após o governo de Hamurábi. Ao mesmo tempo em que os hititas e cassitas tomavam parcelas do domínio babilônico, outras revoltas que se desenvolviam internamente acabaram abrindo espaço para a hegemonia dos reinos rivais.
“Nos séculos XVII e XVI a.C., um novo povo, os hurritas[8], pressionavam pelo norte; pela metade do segundo milênio, eles tinham ganho o controle da Alta Mesopotâmia e do norte da Síria, enquanto a própria Babilonia se desintegrava internamente. (...) Contudo, não foram os hurritas, mas um rei hitita, numa arrojada expedição da Ásia Menor, que (cerca de 1530 a.C.) saqueou Babilonia e encerrou a primeira dinastia. Durante algum tempo o reino de Mitanni, de população predominantemente hurrita, manteve a posição de liderança na Alta Mesopotamia. Ele sobreviveu a um choque com o Egito no início do século XV, mas finalmente foi vencido pelos hititas no século XIV. A Assíria, que tinha sido vassala de Mitanni, agora, sob Assur-uballit I, tornou-se o poder dominante na Alta Mesopotâmia.”
Chave para a Bíblia, Wifrid John Harrington

Entre os anos de 1300 e 600 a.C., os mesopotâmicos assistiram a dominação assíria, marcada pela violência de sua poderosa engrenagem militar. Por volta de 612 a.C., a sublevação dos povos dominados e a ação invasora dos amoritas e caldeus instituíram o fim do Império Assírio e a organização do Segundo Império Babilônico, também conhecido como Império Neobabilônico.
Nesse novo contexto, podemos destacar a ação do Imperador Nabucodonosor, que reinou entre os anos de 612 e 539 a.C.. Durante o seu governo, a civilização babilônica vivenciou o auge do desenvolvimento arquitetônico, representado pela construção das muralhas que protegiam a cidade, os luxuosos palácios e os Jardins Suspensos da Babilônia, admirado como uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
O regime de Nabucodonosor também ficou conhecido pelo estabelecimento de novas conquistas territoriais, entre as quais se destacam a região sul da Palestina e as fronteiras setentrionais do Egito. Após este governo, os domínios babilônicos foram paulatinamente conquistados pelos persas, que eram comandados pela batuta política e militar do rei Ciro I.”
 Rainer Sousa

Sumérios e Acádios: Os Sumérios, como já vimos anteriormente, descendentes dos atlantes, foram os criadores da civilização na Baixa Mesopotâmia, no quarto milênio antes de Cristo.

Eles inventaram a escrita cuneiforme, fizeram grandes progressos no comércio e desenvolveram uma cultura notavelmente alta. No terceiro milênio (2800-2360 a.C.), nós os encontramos estabelecidos num sistema de cidades-estado. A religião era altamente organizada e os escribas do templo produziram um vasto  corpo de literatura; a maior parte das epopéias e mitos que conhecemos nas versões assírias e babilônicas receberam forma escrita pela primeira vez através dos sumérios.
Os acadianos, um povo semita, habitaram a Mesopotâmia ao mesmo tempo que os sumérios. Eles sucederam à cultura e religião sumérias e as adaptaram, e, embora sua língua fosse completamente diferente, tomaram eles dos sumérios a escrita silábica cuneiforme. Finalmente, um acadiano, Sargão, tomou o poder e fundou um império que durou mais de um século ( de 2360 a 2180 a.C.)”
Chave para a Bíblia, Wifrid John Harrington


d)      sírios - A Síria possui uma história muito antiga, desde os arameus e assírios, marcada fortemente pela influência e rivalidade da Mesopotâmia e Egito. Depois de ser ocupada pelos persas, a Síria foi conquistada por Alexandre III da Macedónia. No período helenístico passou a ser centro do reino dos selêucidas[9] e se converteu em uma província romana no século I a.C.. Grandes cidades se desenvolveram nessa região como a mítica Palmira, uma das mais originais e descanso de caravanas.


Fonte: Wikipedia

e)     hebreus -  foram um povo semítico da região do Levante, localizado no Oriente Médio. Acredita-se que, originalmente, os hebreus chamavam a si mesmos de israelitas, embora esse termo tenha caído em desuso após a segunda metade do século X a.C. As origens dos povos hebreus, de acordo com a história de gênesis, são situadas na mesopotâmia (a cidade de Ur).


Fonte: https://undhorizontenews2.blogspot.com.br/2014/09/entenda-o-que-e-o-levante-qual-objetivo.html

f)     fenícios - Os fenícios, chamados sidônios[10] no Antigo Testamento e fenícios pelo poeta Homero, eram um povo de língua semítica, ligado aos cananeus da antiga Palestina. Fundaram as primeiras povoações na costa mediterrânea por volta de 2500 a.C. No começo de sua história desenvolveram-se sob a influência das culturas suméria e acádia da vizinha Babilônia. Por volta de 1800 a.C., o Egito, que começava a formar um império no Oriente Médio, invadiu e controlou a Fenícia, controlando-a até cerca de 1400 a.C. Por volta de 1100 a.C. os fenícios tornaram-se independentes do Egito e converteram-se nos melhores comerciantes e marinheiros do mundo clássico.

Fonte: laifi (Elizabeth Demarco)


g)     caldeus - A Caldeia foi uma nação semítica que existiu entre o final do século X (ou início do IX) e meados do século VI AC, após o qual ela e seu povo foram absorvidos e assimilados à Babilônia. Estava localizada na região no sul da Mesopotâmia, principalmente na margem oriental do rio Eufrates. Muitas vezes o termo Caldeia é usado para se referir a toda a planície mesopotâmica.

Gasparetto nos explica que “o passar do tempo apresentou diversos desafios aos povos semitas, que precisaram migrar em busca de melhores condições ou de sobrevivência. A grande expansão semita no mundo se deu através dos povos árabes em consequência da criação do Islamismo, datando do século VII. O reverenciado profeta muçulmano Maomé conseguiu unir diversas linhagens dos povos árabes em forma pacífica sob os dogmas da religião Islâmica. Com a nova configuração apresentada, esses fiéis se lançaram em conquista de um novo mundo, conquistando regiões da Espanha até o Oceano Pacífico. Todavia o poderio desses povos que marcou um extenso império acabou se subdividindo em diversos estados em razão de conflitos, sobretudo, com cristãos e turcos. Os árabes, em várias ocasiões, acabaram submetidos a outros poderes.
Os Semitas estão intimamente ligados com a origem das três grandes religiões monoteístas no mundo: o Cristianismo, o Judaísmo e o Islamismo. A religião judaica nasceu entre os povos hebreus, no Mediterrâneo, durante os conflitos entre cananeus e moabitas. Os judeus também se espalharam pelo mundo muito em razão da invasão dos povos romanos no século I da era cristã. Essa grande dispersão que se deu é reconhecida como a Diáspora Judaica, que resultou na formação de grupos de judeus pelo mundo e no estabelecimento de novos contatos culturais. Assim sendo, as características originais mantiveram-se mais forte apenas entre os grupos que permaneceram no continente asiático.”

h)     cananeus - Eram os habitantes do reino antigo de Canaã, situado no Oriente Médio, correspondendo aproximadamente ao território de Israel nos dias de hoje.

i)      Moabitas - povo nômade que se estabeleceu a leste do Mar Morto por volta do século XIII a.C., na região que mais tarde seria chamada de Moabe. Eram aparentados com os hebreus, com os quais tiveram vários conflitos. Segundo a Biblia (Gênesis 19.30-38), deu-se origem o povo moabita através de um incesto, promovido pela filha mais velha de sobrinho de Abraão, logo após a destruição de Sodoma e Gomorra. Depois de ser tirado de Sodoma pelos anjos, Ló não achou mais lugar para viver nas cidades, especialmente Zoar, e foi-se para as montanhas e habitou em uma caverna. Sua filha mais velha em uma conversa com a sua irmã mais nova, disse que o pai, Ló, já era homem velho e não havia nenhum outro filho homem para dar continuidade na linhagem do pai, coisa que o povo da época, levava muito a sério. Elas embebedaram o pai e as conceberam cada uma, um filho do próprio pai. A mais velha gerou Moabe, patriarca do povo moabita e a mais nova gerou Ben-Ami, patriarca do povo de Amom, os amonitas.

j)      Judeus - grupo étnico e religioso originado nas Tribos de Israel ou hebreus do Antigo Oriente. A palavra "judeu" originalmente era usada para designar aos filhos de Judá, filho de Jacó, posteriormente foi designado aos nascidos na Judeia. Depois da libertação do cativeiro da Babilônia, os hebreus começaram a ser chamados de judeus. A origem dos judeus é tradicionalmente datada para aproximadamente 2000 a.C na Mesopotâmia, quando a destruição de Ur e da Caldeia forçou a população a imigrar para outros lugares. A família de Abraão estava entre aqueles que estavam imigrando para a Assíria.

k)    Medas - Os medos foram uma das tribos de origem ariana, do tronco jafético e evidentemente descendentes de Madai, filho de Jafé que migraram da Ásia Central para o planalto Iraniano durante a Antiguidade. Evidências arqueológicas e outras são encaradas como indicando sua presença no planalto iraniano a partir de aproximadamente meados do segundo milênio a.C. No final do século VII a.C. fundaram o Império Medo centrado na cidade de Ecbátana. Sua língua pertencia ao tronco indo-europeu. Em termos de raçalíngua e religião estavam relacionados com os Persas


Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Império_Medo

l)      Citas - antigo povo Iraniano de pastores nômades equestres que por toda a Antiguidade Clássica dominaram a estepe pôntico-cáspia, conhecida à época como Cítia. Na Antiguidade Tardia os sármatas, povo com o qual os citas tinham forte parentesco, acabaram por dominar a região. A maior parte das informações que perduraram a respeito dos citas vem do historiador grego Heródoto, que os descreveu em sua obra Histórias (século V a.C.) e pelos achados arqueológicos, como as belas obras em ouro encontradas nos kurgans (mamoas) na Ucrânia e sul da Rússia.

m)   Persas - A identidade persa, pelo menos em termos linguísticos, remonta aos arianos indo-europeus, que teriam chegado a partes do Grande Irã por volta de 2000 - 1 500 a.C.. Ao redor de 550 a.C., a partir da província de Fars, no Irã, os antigos persas espalharam sua língua e cultura a outras partes do planalto persa através da conquista. Eles dominaram e assimilaram outros povos vizinhos ao seu território ao longo do tempo. Este processo de assimilação continuou diante das invasões dos gregosárabesmongóis e turcomanos, e perdurou ao longo dos tempos islâmicos. Com a desintegração dos últimos impérios persas das dinastias Afixárida e Cajar, o Afeganistão, juntamente com os territórios do Cáucaso (Azerbaijão), e da Ásia Central tornaram-se independentes do Irã ou foram incorporados ao Império Russo.

“O persa Ciro era o soberano do pequeno reino de Ansã, no sul do Irã e era vassalo de Astíages, rei dos medos. Em 555 a.C., ele rebelou-se; por volta de 550 a.C. tinha conquistado Ecbátana, capital de Astíages, e tinha assumido o controle do Império Medo. Em 546 a.C., invadiu a Lídia (ao ocidente da Ásia Menor), então aliada com a Babilonia e o Egito, e tomou a capital, Sardes. A Lídia foi incorporada ao seu domínio e, aparentemente, ele tinha o controle da Alta Mesopotâmia. A aliança egípcia não tinha então nenhuma utilidade e a Babilonia ficou isolada. Contudo, Ciro não estava com pressa; ele fez campanha militar no oriente e estendeu seu domínio quase até a Índia. Entao conquistou a Babilonia ao preço de uma única batalha. (...)
Contudo, a política geral de Ciro coloca seu benevolente tratamento dos judeus numa perspectiva mais clara, pois em 538 a.C., primeiro ano de seu reinado na Babilonia, Ciro publicou um édito, autorizando o retorno dos cativos judeus para Judá e providenciando fundos para a reconstrução do Templo (Esd 1,2-4;6,3-5). Não é de admirar que o Segundo Isaías (o desconhecido autor de Is 40-55) tenha pintado, em cores vivas, a vida desse libertador, o Ungido do Senhor (Is 45,1; cf 44, 28-45, 13; 41,2-3.25).
Havia paz por todo o Império Persa, mas Ciro foi morto numa campanha militar contra povos nômades além da sua fronteira oriental. A ele sucedeu seu filho Cambises (530-522 a.C.), que conquistou o Egito – o qual permaneceu sob controle persa até 401 a.C. (...) Dario I (522-486 a.C.) (...) não apenas consolidou sua posição, como estendeu as fronteiras de seu dominio de modo que , sob ele, a Pérsia atingiu o apogeu. Ele fracassou na Grécia, onde a batalha de Maratona (490 a.C) impediu a sua tentativa de conquistar aquele país[1].
Dario teve como sucessor seu filho Xerxes I (486-465 a.C.). A Babilonia rebelou-se e foi destruída. Em 480 a.C. Xerxes invadiu a Grécia, esmagou os espartanos nas Termópilas e conquistou Atenas. Contudo, a batalha naval decisiva de Salamina e os subsequentes revezes militares obrigaram os persas a sair da Europa. Finalmente, Xerxes foi assassinado e substituído pelo filho mais novo, Artaxerxes I Longimano (465-424 a.C.). (...)
Seu Sucessor, Artaxerxes III Ocos (358-33 a.C.), vigoroso e cruel, reconquistou o Egito em 342 a.C.. (...) Foi substituído pelo seu filho Arses (338-336 a.C.), menor de idade, que, por sua vez foi envenenado. O rei seguinte, Dario III Codomano (336-331 a.C.), subiu ao trono no mesmo ano em que Alexandre se tornou rei da Macedonia; em cinco anos, o imenso Império Persa devia cair perante o conquistador macedônio. Em 333 a.C., Alexandre derrotou o exército Persa em Issos. Em 331 a.C., Dario fez sua ultima resistência em Gaugamela, no Irã. Derrotado uma vez mais, foi assassinado por um de seus sátrapas. Este foi o fim do Império Persa.”
Chave para a Bíblia, Wilfrid John Harrington




[1] Guerras Médicas, Guerras Greco-Persas, Guerras Persas ou Guerras Medas são designações dadas aos conflitos bélicos entre os antigos gregos e o Império Aquemênida durante o século V a.C. Ocorrera entre os povos gregos (aqueus, jônios, dórios e eólios) e os medo-persas, pela disputa sobre a Jônia na Ásia Menor, quando as colônias gregas da região, principalmente Mileto, tentaram livrar-se do domínio persa. Esta região da Jônia era colonizada pela Grécia, mas durante a expansão persa em direção ao Ocidente, este poderoso império conquistou estas diversas colónias gregas da Ásia Menor, entre elas Mileto. As colônias lideradas por Mileto e contando com a ajuda de Atenas, tentaram sem sucesso libertar-se do domínio persa, promovendo uma revolta. Estas revoltas levaram o xá aquemênida Dario I a lançar seu poderoso exército sobre a Grécia continental, dando início às Guerras Médicas. O que estava em jogo era o controle do comércio marítimo na região.
Após a derrota da Lídia frente aos persas (provavelmente em 546 a.C.), as cidades gregas da Jônia passaram ao domínio persa. Em 499 a.C., com o apoio de Atenas e Erétria revoltaram-se, mas foram vencidas entre 497 e 494 a.C. Em 490 a.C., Dario I (522/486 a.C.) decidiu enviar à Grécia continental uma expedição punitiva. Erétria foi arrasada e saqueada, mas os atenienses e platenses, chefiados por Milcíades(550/489 a.C.), conseguiram rechaçar os persas na planície de Maratona.
Xerxes I (486/465 a.C.), filho de Dario, comandou dez anos depois (480 a.C.) uma invasão à Grécia em grande escala. Algumas cidades gregas, lideradas por Atenas e Esparta, formaram uma coalização para enfrentar o invasor. Outras, como Tebas, submeteram-se aos persas.
Inicialmente, os persas venceram os gregos no desfiladeiro das Termópilas e em Artemísio; a seguir, invadiram e saquearam Atenas. A frota ateniense, porém, comandada por Temístocles (524 a.C./459 a.C.), conseguiu destruir a frota persa em Salamina e mudou o rumo da guerra. Meses depois, comandada pelo espartano Pausânias (510/467 a.C.), o exército da coalização grega venceu o exército persa em Plateia e pôs fim à invasão.
Nesse primeiro confronto (a primeira guerra médica), surpreendentemente, cerca de dez mil gregos, liderados pelo ateniense Milcíades, conseguiram impedir o desembarque de mais de vinte mil persas (alguns autores falam em 50 mil, outros em 250 mil, não se sabe precisamente o efetivo persa), vencendo-os na Batalha de Maratona em 490 a.C. Para se defenderem dos persas, algumas cidades-estado gregas organizaram a liga de Delos, da qual se aproveitou Atenas para se sobrepor no mundo grego, pois era responsável pelo dinheiro da Confederação e passou a usá-lo em benefício próprio. Com isso, impulsionou sua indústria, seu comércio e modernizou-se, ingressando numa era de grande prosperidade, e impondo sua hegemonia ao mundo grego. O auge dessa época ocorreu entre 461 e 431 a.C., durante o governo de Péricles, por isto o século V a.C. é também chamado o "Século de Péricles".
Os persas, entretanto, não desistiram. Dez anos depois, voltaram a atacar as cidades gregas (segunda guerra médica). Estas, por sua vez, esqueceram as disputas internas que existiam entre elas e uniram-se, vencendo os persas na Batalha de Salamina (480 a.C.) e na de Plateias (479 a.C.)
Após as guerras médicas, os gregos voltaram a enfrentar-se internamente e, de 431 a 404 a.C., decorreu a Guerra do Peloponeso, entre a Confederação de Delos (liderada por Atenas) e a Liga do Peloponeso(liderada por Esparta).
Após tantas guerras, as cidades gregas ficaram debilitadas e foram conquistadas por Filipe II da Macedônia, em 338 a.C. na batalha de Queroneia. Filipe II foi sucedido por seu filho Alexandre, que ampliou consideravelmente o domínio macedônico conquistando a Síria, a Fenícia, a Palestina, o Egito, a Pérsia e parte da Índia. (Wikipedia)

Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Median_Empire-es.svg

“Cerca do ano 281 a.C., encontramos o Imperio de Alexandre dividido em três grandes reinos: o reino dos Ptolomeus[1] (Egito); o reino dos selêucidas (Ásia); e a Macedônia.”
Chave para a Bíblia, Wilfrid John Harrington



[1] Cleopatra foi uma soberana desta dinastia. Casou com o irmão Ptolemeu XIII com o qual reinou a partir de 51 a.C.. Retirada do poder, foi reposta em 46 a.C. graças à intervenção de Júlio César, seu amante. Após a morte de Ptolemeu XIII, casou com outro irmão, Ptolemeu XIV, rei fantoche. Com outro amante romano, Marco António tentou formar um império no Oriente, mas foi derrotada por Otaviano em 31 a.C.

Fonte: Wikipedia

Com a desintegração dos últimos impérios persas das dinastias Afixárida e Cajar, o Afeganistão, juntamente com os territórios do Cáucaso (Azerbaijão), e da Ásia Central tornaram-se independentes do Irã ou foram incorporados ao Império Russo.


n)    Hititas - Os hititas eram um povo indo-europeu que, no II milênio a.C., fundou um poderoso império na Anatólia central (atual Turquia), cuja queda data dos séculos XIII-XII a.C. Em sua extensão máxima, o Império Hitita compreendia a Anatólia, atualmente parte da TurquiaLíbano e Síria.

o)    Cassitas - Os cassitas são um dos povos com origem mais misteriosa dentre os vários que povoaram a antiga Mesopotâmia. Acredita-se que são oriundos do sudoeste do Irã e que chegaram à Babilónia através dos Montes Zagros. As primeiras menções dos cassitas os situam no século XVIII a.C., quando atacaram a Babilónia no nono ano de reinado de Samsu-iluna (o qual reinou entre 1 686-1 648 a.C., filho de Hamurabi). Samsu-Iluna repeliu a invasão, porém os cassitas conquistaram o norte da Babilónia após a queda desta para os hititas em 1 531 a.C., terminando por conquistar também a parte sul em 1 437 a.C.. Segundo alguns peritos os primeiros Cuxitas (Cusitas) descendentes de Cuxe que se espalharam logo após a dispersão da Torre de Babel eram os Cassitas mesopotâmicos ou que certos grupos deste povo permaneceu na mesopotâmia (Cassitas) e que o resto migraram para o oeste da península Arábica e leste da África na Etiópia.

Dos Espíritos degredados na Terra, foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e mais homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as mutações. Examinando esse povo notável no seu passado longínquo, reconhecemos que, se grande era a sua certeza na existência de Deus, muito grande também era o seu orgulho, dentro de suas concepções da verdade e da vida. Consciente da superioridade de seus valores, nunca perdeu oportunidade de demonstrar a sua vaidosa aristocracia espiritual, mantendo-se pouco acessível à comunhão perfeita com as demais raças do orbe. Entretanto, em honra da verdade, somos obrigados a reconhecer que Israel, num paradoxo flagrante, antecipando-se às conquistas dos outros povos, ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma fé soberana e imorredoura. Sem pátria e sem lar, esse povo heroico tem sabido viver em todos os climas sociais e políticos, exemplificando a solidariedade humana nas melhores tradições de trabalho; sua existência histórica, contudo, é uma lição dolorosa para todos os povos do mundo, das consequências nefastas do orgulho e do exclusivismo.”
Francisco Candido Xavier/Emmanuel. A caminho da luz
I - ABRAÃO

Sem (filho de Noé), quando tinha 100 anos, gerou Arfaxade (Biblia, Genesis, 11;10). Da genealogia de Arfaxade nasceu Abrão, 290 anos depois. E após ouvir o chamado do Senhor, conforme a bíblia, Abrão parte de Ur em busca de Canaã.

“Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.
E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando saiu de Harã.
E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã.”
Biblia Sagrada, Gênesis 12:1-5


Fonte: Uma historia do povo judeu

“O Deus de Abrão pouca semelhança tem com os modelos politeístas contemporâneos. Não foi criado, não nasceu nem morre, não tem colegas nem rivais, ascendência ou descendência, não tem corpo, sexo ou origem, não exige templos ou sacerdotes. E abomina o rito pagão do sacrifício de vidas humanas, o qual é abolido a partir da não-consumada imolação de Isaac – o filho que Abrão tem com sua esposa, Sarai – no grandioso cenário de Akedah.
Os encontros e os colóquios dos patriarcas com seu Deus possuem uma qualidade nova, que é transmitida de geração em geração: a convivência, o diálogo, a intimidade – se assim se pode dizer – com esse Deus dos Pais, Deus que não só se revela aos fiéis como – também isso é novo – busca os homens, vai atrás deles, cuida do destino humano, sem intermédios profissionais.
Entre outros povos da Antiguidade – Egito, Suméria, Assíria – teria havido espaço para um processo mitológico, Abrão tornando-se ele próprio a divindade de um novo culto. Mas aqui, no Gênesis, não nasce o deus Abrão, mas o Deus de Abrahão.
O Deus de Abrão celebra uma Aliança com seu eleito, o pacto de um relacionamento especial cujo símbolo é o ritual da circuncisão. (...) A partir de Abrão ela se torna a identificação tribal e a condição de admissão à aliança da qual faz parte a promessa de que “à tua semente darei esta terra para possessão perpétua” (Genesis 17;8). Aliança e Promessa, assim, passam a ser a indelével marca de identidade de Abrão e dos seus descendentes. Em decorrência do Pacto, e como que simbolizando as mudanças com que ele impregnou suas personalidades, o nome de Abrão passa a ser Abrahão e o de Sarai, Sarah”.
Uma história do povo judeu, Hans Borger

"A história bíblica, em sentido restrito, começou com Abraão. Ele é uma figura histórica, um homem de carne e sangue, embora não possamos estabelecer quando ele nasceu ou quando morreu; o mais que podemos dizer é que ele, provavelmente, viveu no século XIX ou XVIII a.C. Isso significa que Israel surgiu tardiamente no palco do mundo, pois as grandes civilizações já tinham desaparecido."
Chave para a Bíblia, Wilfrid John Harrington


“E disse o sumo sacerdote: Porventura é isto assim?E ele disse: Homens, irmãos, e pais, ouvi. O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na mesopotâmia, antes de habitar em Harã,E disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus, e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora.E não lhe deu nela herança, nem ainda o espaço de um pé; mas prometeu que lhe daria a posse dela, e depois dele, à sua descendência, não tendo ele ainda filho.”
Biblia Sagrada, Atos 7:1-5
II - JACÓ

Jacó era neto de Abrahão, filho de Isaque. Jacó teve 12 filhos homens, de onde nascem as 12 tribos.

“E concebeu Lia, e deu à luz um filho, e chamou-o Rúben; pois disse: Porque o Senhor atendeu à minha aflição, por isso agora me amará o meu marido.
E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: Porquanto o Senhor ouviu que eu era desprezada, e deu-me também este. E chamou-o Simeão.
E concebeu outra vez, e deu à luz um filho, dizendo: Agora esta vez se unirá meu marido a mim, porque três filhos lhe tenho dado. Por isso chamou-o Levi.
E concebeu outra vez e deu à luz um filho, dizendo: Esta vez louvarei ao Senhor. Por isso chamou-o Judá; e cessou de dar à luz.”
Bíblia Sagrada, Gênesis 29:32-35

“Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, se não morro.
Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel, e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre?
E ela disse: Eis aqui minha serva Bila; coabita com ela, para que dê à luz sobre meus joelhos, e eu assim receba filhos por ela.
Assim lhe deu a Bila, sua serva, por mulher; e Jacó a possuiu.
E concebeu Bila, e deu a Jacó um filho.
Então disse Raquel: Julgou-me Deus, e também ouviu a minha voz, e me deu um filho; por isso chamou-lhe Dã.
E Bila, serva de Raquel, concebeu outra vez, e deu a Jacó o segundo filho.
Então disse Raquel: Com grandes lutas tenho lutado com minha irmã; também venci; e chamou-lhe Naftali.
Vendo, pois, Lia que cessava de ter filhos, tomou também a Zilpa, sua serva, e deu-a a Jacó por mulher.
E deu Zilpa, serva de Lia, um filho a Jacó.
Então disse Lia: Afortunada! e chamou-lhe Gade.
Depois deu Zilpa, serva de Lia, um segundo filho a Jacó.
Então disse Lia: Para minha ventura; porque as filhas me terão por bem-aventurada; e chamou-lhe Aser.
E foi Rúben nos dias da ceifa do trigo, e achou mandrágoras no campo. E trouxe-as a Lia sua mãe. Então disse Raquel a Lia: Ora dá-me das mandrágoras de teu filho.
E ela lhe disse: É já pouco que hajas tomado o meu marido, tomarás também as mandrágoras do meu filho? Então disse Raquel: Por isso ele se deitará contigo esta noite pelas mandrágoras de teu filho.
Vindo, pois, Jacó à tarde do campo, saiu-lhe Lia ao encontro, e disse: A mim possuirás, esta noite, porque certamente te aluguei com as mandrágoras do meu filho. E deitou-se com ela aquela noite.
E ouviu Deus a Lia, e concebeu, e deu à luz um quinto filho.Então disse Lia: Deus me tem dado o meu galardão, pois tenho dado minha serva ao meu marido. E chamou-lhe Issacar.
E Lia concebeu outra vez, e deu a Jacó um sexto filho.
E disse Lia: Deus me deu uma boa dádiva; desta vez morará o meu marido comigo, porque lhe tenho dado seis filhos. E chamou-lhe Zebulom.
E depois teve uma filha, e chamou-lhe Diná.
E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre.
E ela concebeu, e deu à luz um filho, e disse: Tirou-me Deus a minha vergonha.
E chamou-lhe José, dizendo: O Senhor me acrescente outro filho.”
Biblia Sagrada, Gênesis 30:1-24

“E disse-lhe Deus: O teu nome é Jacó; não te chamarás mais Jacó, mas Israel será o teu nome. E chamou-lhe Israel.
Disse-lhe mais Deus: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; frutifica e multiplica-te; uma nação, sim, uma multidão de nações sairá de ti, e reis procederão dos teus lombos;
E te darei a ti a terra que tenho dado a Abraão e a Isaque, e à tua descendência depois de ti darei a terra.
E Deus subiu dele, do lugar onde falara com ele.
E Jacó pôs uma coluna no lugar onde falara com ele, uma coluna de pedra; e derramou sobre ela uma libação, e deitou sobre ela azeite.
E chamou Jacó aquele lugar, onde Deus falara com ele, Betel.
E partiram de Betel; e havia ainda um pequeno espaço de terra para chegar a Efrata, e deu à luz Raquel, e ela teve trabalho em seu parto.
E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também este filho terás.
E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim.
Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém.
E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da sepultura de Raquel até o dia de hoje. Então partiu Israel, e estendeu a sua tenda além de Migdal Eder.
E aconteceu que, habitando Israel naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel o soube. E eram doze os filhos de Jacó.
Biblia Sagrada, Gênesis 35:10-22

Acontece que um dos filhos de Jacó é vendido pelos seus outros irmãos. José acaba se tornando um dos favoritos do rei do Egito (Apopi I, XV dinastia, falecido em 1.549 a.C.), virando governador daquele país. Borger conta que “a espantosa carreira de José acontece cerca de 1600, época em que os hicsos, um povo de origem semita, reinavam no pais”.

Os Bne Israel – os filhos de Israel – e suas familias ampliam seu território, ora pacificamente, por meio de tratados, ora pela força. As contendas da era patriarcal, note-se são em torno de pastos e poços, não são lutas religiosas. Não há indícios de que a religião tenha criado tensões, não existe nenhum zelo missionário de parte a parte, mas os descendentes de Abrahão estão conscientes de uma identidade grupal e religiosa especial. (...) Com o passar do tempo, os Bne Israel, originalmente seminômades, adaptam-se à vida sedentária. Continuam cavando poços e apascentando seus rebanhos ainda que são o esteio de sua economia, porém ao lado do pastoreio surge o plantio. Hebron, Siquém, Beersheva, Efrat, Bet-El, Belém são as localidades onde eles deitam raízes.”
Uma história do povo judeu, Hans Borger


Fonte: Crystalinks

“Mas o aparentemente idílio seria colocado em xeque quando, perto do fim da vida de Jacob, a subsistência da tribo fica ameaçada por uma especialmente severa sequência de estiagens. O espectro da fome faz os Bne Israel pedirem asilo no país vizinho.(...)
Uma história do povo judeu, Hans Borger

“E falou Deus a Israel em visões de noite, e disse: Jacó, Jacó! E ele disse: Eis-me aqui.
E disse: Eu sou Deus, o Deus de teu pai; não temas descer ao Egito, porque eu te farei ali uma grande nação.
E descerei contigo ao Egito, e certamente te farei tornar a subir, e José porá a sua mão sobre os teus olhos.
Então levantou-se Jacó de Berseba; e os filhos de Israel levaram a seu pai Jacó, e seus meninos, e as suas mulheres, nos carros que Faraó enviara para o levar.
E tomaram o seu gado e os seus bens que tinham adquirido na terra de Canaã, e vieram ao Egito, Jacó e toda a sua descendência com ele.
Os seus filhos e os filhos de seus filhos com ele, as filhas, e as filhas de seus filhos, e toda a sua descendência levou consigo ao Egito.”
Biblia Sagrada, Gênesis 46:2-7



“E deu-lhe a aliança da circuncisão; e assim gerou a Isaque, e o circuncidou ao oitavo dia; e Isaque a Jacó; e Jacó aos doze patriarcas.
E os patriarcas, movidos de inveja, venderam José para o Egito; mas Deus era com ele.
E livrou-o de todas as suas tribulações, e lhe deu graça e sabedoria ante Faraó, rei do Egito, que o constituiu governador sobre o Egito e toda a sua casa.
Sobreveio então a todo o país do Egito e de Canaã fome e grande tribulação; e nossos pais não achavam alimentos.
Mas tendo ouvido Jacó que no Egito havia trigo, enviou ali nossos pais, a primeira vez.
E na segunda vez foi José conhecido por seus irmãos, e a sua linhagem foi manifesta a Faraó.
E José mandou chamar a seu pai Jacó, e a toda a sua parentela, que era de setenta e cinco almas.
E Jacó desceu ao Egito, e morreu, ele e nossos pais;
E foram transportados para Siquém, e depositados na sepultura que Abraão comprara por certa soma de dinheiro aos filhos de Emor, pai de Siquém.
Aproximando-se, porém, o tempo da promessa que Deus tinha feito a Abraão, o povo cresceu e se multiplicou no Egito;”

Biblia Sagrada, Atos 7:8-17

O encontro de José com Jaco e seus irmãos e o resto de sua vida no Egito selam o livro bíblico da Genesis, o primeiro livro escrito por Moises.

Referencias:
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Atualizado em 21/10/2018


[1] Na Bíblia o povo não-judeu é designado pelo nome de gentios.
[2] Patriarca dos egípcios.
[3] Habitantes da Filistia, regiao do antigo sudeste da Palestina, compreendendo a faixa costeira do Mediterraneo e uma porção do sul de Canaa.

[4] Ugarit (atual Ras Shamra) foi uma antiga e cosmopolita cidade portuária, situada na costa mediterrânea do norte da Síria, alguns quilômetros ao norte da cidade moderna de Lataquia. escavações revelaram desde então uma cidade importante, que se situa ao lado de Ur e Eridu como o berço da cultura urbana, com uma pré-história que alcança o sexto milênio a.C., talvez por ter sido tanto um porto como a entrada da rota comercial que levava às terras em torno dos rios Tigre e Eufrates. A obra de literatura mais importante descoberta em Ugarite é o Ciclo de Baal, que descreve a base da religião e do culto do Baal canaanita
[5] Cananeus: descentes de Canaã. segundo a Bíblia, teriam sido uma das sete divisões étnicas ou "nações" expulsas pelos israelitas após o Êxodo (outras destas nações foram os hititas, girgaseus, amoritas, perisitas,  hivitas e os jebusitas (Deuteronômio, 7:1). Eram os habitantes do reino antigo de Canaã, situado no Oriente Médio, correspondendo aproximadamente ao território de Israel nos dias de hoje. (Wikipedia)
[6] Cartago: antiga cidade, originariamente uma colônia fenícia no norte da África, situada a leste do lago de Túnis, perto do centro de Túnis, na Tunísia. (Wikipedia). A história ou lenda da fundação de Cartago começa por volta de 814 a.C. nos versos do poeta Virgílio. Cartago foi fundada pelos tírios, habitantes de Tiro, uma cidade da Fenícia. Em 500 a.C. a cidade já era poderosa. Os fenícios dominavam a metalurgia, fabricavam ligas de ouro e outros metais, faziam armas e objetos de cerâmica. Mas, seu grande poder vinha de sua frota naval. Nessa época, Roma estava nascendo, era uma pequena cidade da Itália enquanto Cartago era a dona do Mediterrâneo. Cartago foi uma potência na Antiguidade, disputando com Roma o controle do mar Mediterrâneo. Dessa disputa originaram-se as três Guerras Púnicas, após as quais Cartago foi destruída. O povo de Cartago conservou as crenças religiosas dos fenícios. Tanit era a Senhora de Cartago, Baal Hamon, Eschmun, Melqart e Astarte eram alguns dos deuses principais.Os estudiosos ainda não estão certos quanto ao uso do Tofet. Essa é uma palavra hebraica e significa, santuário a céu aberto. É possível que ali fossem praticados sacrifícios humanos ao deus Baal. Foram encontrados no Tofet jarras contendo ossos carbonizados de crianças. Talvez o Tofet fosse um cemitério, não há nada ainda, que aponte o uso exato do local. Os cartagineses davam mais importância à monogamia e eram mais severos com os assuntos religiosos do que os fenícios orientais. (Wikipedia/Wikibooks)

[7] Cáucaso e Caucásia (em russo Кавказ (Kavkaz), em turco Kafkas e em georgiano კავკასია (K'avk'asia)), são nomes dados a uma região da Europa oriental e da Ásia ocidental, entre o mar Negro e o mar Cáspio, que inclui a cordilheira do mesmo nome e as planícies adjacentes. Aquela região marca uma das fronteiras entre a Europa e a Ásia, fazendo com que alguns de seus países sejam considerados transcontinentais, como a Turquia, cujos territórios dividem-se em uma porção geograficamente europeia e outra asiática. A região é dividida em duas partes: uma norte e outra sul, respectivamente, Ciscaucásia e Transcaucásia.
[8] Possivelmente, resultaram da fusão entre dois povos diferentes. Um era um povo nativo da região que habitava a Alta Mesopotâmia há muito tempo e que falava uma língua que não era nem da família linguística indo-europeia nem da semita, tal como o urartiano, mas que era de uma família linguística própria, atualmente denominada hurro-urartiana. Outro era um povo falante de uma língua indo-europeia oriundo da região ocidental do planalto iraniano, talvez no século XVIII ou XVII a.C., mas que, apesar disso, era mais aparentado com os povos falantes do ramo indo-ariano ou índico, do norte da Índia. Estes povos denominavam-se a si próprios haryani ou aryani - arianos (tanto os iranianos como os do norte da Índia). Esse povo indo-europeu migrante conquistou a Alta Mesopotâmia, tornando-se nos governantes desse território e formou grande parte da aristocracia e também de outros grupos sociais da sociedade mitânia ou hurrita. 
Acompanhando os cassitas e hititas na sua invasão à Mesopotâmia, os hurritas conquistam a região conhecida como Mitani no extremo norte da Mesopotâmia estabelecendo lá a sede de seu reino na cidade de Nuzi, mais tarde, a cidade de Washukanni, foi a capital do Reino de Mitani. Conquistam a Assíria que fora atacada 75 anos antes pelos cassitas e estava debilitada, unindo-a ao seu nascente império. Os hurritas passaram a expandir-se no norte da Mesopotâmia, aproveitando o facto dos cassitas não estarem interessados pela região, e sim na Acádia e na Suméria, ou seja, pelo sul da Mesopotâmia.
[9] Alexandre, o Grande havia conquistado o Império Aquemênida em pouco tempo e morrera jovem, deixando sem herdeiros um extenso império de cultura parcialmente helênica. Em vista disso, seus generais (os diádocos) terminaram por lutar na tentativa de obter supremacia sobre o império deixado. Seleuco, um de seus generais, estabeleceu-se na Babilônia em 312 a.C. - ano geralmente usado para definir a data da fundação do Império Selêucida.

[10] O termo Sidônio deriva do nome Sídon. Sídon, de acordo com a Bíblia, era filho de Canaã e neto de  sendo, portanto, pertencente ao grupo de nações camitas. Os sidônios fundaram cidades conhecidas até hoje; Sídon e Tiro foram as principais.